O presidente do Sporting, Frederico Varandas, vai reunir-se esta quarta-feira com o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, e com o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, para falar sobre a violência no desporto.

Em comunicado, o Ministério da Administração Interna anunciou a marcação da reunião, que vai ocorrer “a pedido do Sporting”. “O tema da segurança no contexto desportivo tem vindo a ser acompanhado pelo Ministério da Administração Interna e pelo Ministério da Educação, em constante diálogo e articulação com as diferentes entidades com responsabilidades na matéria, nomeadamente clubes e associações desportivas”, lê-se no comunicado.

O Sporting tem considerado que a violência no desporto é um “problema da sociedade portuguesa”, apelando, de forma recorrente, à intervenção do Estado nestas situações.

“Não é já apenas um problema do Sporting, é também um problema do futebol português, é também um problema do Estado Português e não há mais tempo, nem mais pretextos, para que se continue a assobiar para o lado perante as evidências e perante os gravíssimos sinais que todos podem observar”, escreveu o clube, num comunicado sobre os insultos de que equipa de futebol foi alvo em Ponta Delgada, antes da visita ao Santa Clara.

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O ministro da Educação e do Desporto, Tiago Brandão Rodrigues, disse hoje em Viana do Castelo que a violência no desporto tem sido punida, mas sem a “mediatização” de quando os casos ocorrem.

“Os casos têm sido punidos. Obviamente que a mediatização dos casos, quando eles se resolvem, não é feita da mesma forma. Significa que a justiça está a funcionar e, acima de tudo, que quem acaba por ser punido também tem todas as instâncias para poder defender-se”, afirmou o governante.

Questionado pelos jornalistas, a propósito da uma reunião que decorreu hoje, entre o presidente do Sporting, Frederico Varandas, e o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, sobre a violência no desporto, Tiago Brandão Rodrigues adiantou que “o Governo tem trabalhado com as autoridades para dar resposta” a este problema.

“Demos resposta na modificação da lei, que veio robustecer os mecanismos que dão resposta aos casos de violência, surgiu uma nova autoridade e, por outro lado, uma importante campanha de sensibilização”, destacou, à margem da inauguração de obras de mais de cinco milhões de euros na escola EB 2.3, em Viana do Castelo.

Tiago Brandão Rodrigues acrescentou que “todos têm de entender que não pode haver impunidade, todos têm de sentir responsabilidade e fazer mais, porque a violência não cabe no desporto”.

“Temos que ter moderação, entre todos, mas acima de tudo agir para que o desporto seja motivo de concórdia e de regozijo, e uma das facetas da nossa sociedade onde nos divertimos, onde competimos, mas onde nunca competimos negativamente, nem onde promovemos a violência”, frisou.

O Sporting tem considerado que a violência no desporto é um “problema da sociedade portuguesa”, apelando, de forma recorrente, à intervenção do Estado nestas situações.

“Não é já apenas um problema do Sporting, é também um problema do futebol português, é também um problema do Estado Português e não há mais tempo, nem mais pretextos, para que se continue a assobiar para o lado perante as evidências e perante os gravíssimos sinais que todos podem observar”, escreveu o clube, num comunicado sobre os insultos a que equipa de futebol foi alvo em Ponta Delgada, antes da visita ao Santa Clara.

No dia seguinte, em 17 de dezembro de 2019, o secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD) disse compreender “alguma insatisfação” do presidente do Sporting, Frederico Varandas, ressalvando que “são matérias do foro interno dos próprios clubes”.

João Paulo Rebelo referiu que “a mensagem, muitas vezes difundida, de que há inação do Estado, não ajuda” e garantiu que “não há inação, as instituições funcionam e estão a fazer o seu trabalho”.