O Ministério da Administração Interna (MAI) garantiu esta quinta-feira que o plano plurianual de admissões da PSP e GNR vai contar com contributos dos sindicatos e associações destas duas forças de segurança.
O plano plurianual de admissões da PSP e da GNR foi esta quinta-feira discutido durante uma reunião entre o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, e os sindicatos da Polícia de Segurança Pública e as associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana.
“Para este plano plurianual de admissões, que consta do programa do Governo, o Ministério da Administração Interna fez questão de solicitar contributos aos diferentes sindicatos e associações da PSP e GNR, os quais serão tidos em consideração na definição final do número de admissões nas Forças de Segurança, de forma a assegurar o contínuo rejuvenescimento e a manutenção de elevados graus de prontidão e eficácia operacional dos efetivos da PSP e da GNR”, refere o MAI, em comunicado.
O Ministério tutelado por Eduardo Cabrita definiu um calendário específico das matérias objeto de diálogo com os sindicatos e as associações socioprofissionais das forças de segurança, tendo o primeiro ponto das negociações, o pagamento dos retroativos dos suplementos não pagos em período de férias, decorrido sem um acordo.
Depois da reunião desta quinta-feira, estão agendados encontros para 16 de janeiro, que terá como tema os suplementos remuneratórios, para 13 de fevereiro, em que estará em discussão a nova lei de programação das infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança, e para 05 de março, que será sobre segurança e saúde no trabalho.
Num encontro de polícias organizado também esta quinta-feira por sete sindicatos da PSP e pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) ficou decidido a realização de ações de protesto mensalmente até que o Governo responda às reivindicações.
Os protestos vão ter início, a 21 de janeiro, na Final Four da Taça da Liga em futebol, em Braga, e concentrações em frente do Ministério das Finanças, em Lisboa, e num local ainda a designar em Faro.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) disse também que foram várias as propostas avançadas pelos polícias para os protestos mensais, desde a entrega das armas à greve de zelo.
Paulo Rodrigues frisou que ficou bem expresso no encontro que os polícias e os militares da GNR “chegaram ao limite da sua revolta”.