Na última sexta-feira de janeiro, professores e educadores vão estar em greve. O anúncio foi feito pela Fenprof, em comunicado, que apela a “uma grande participação” na manifestação da administração pública, que se realiza a 31 de janeiro. É exatamente para permitir a presença dos professores no protesto em Lisboa que avançou para o pré-aviso de greve. O objetivo principal, explica na nota de imprensa, é contestar o Orçamento do Estado.

A proposta de Orçamento do Estado para 2020, que agora transita para a fase de debate na especialidade, passa ao lado da Educação. Esta área mantém-se financeiramente estagnada, após uma década em que o financiamento público foi reduzido em 12%”, lê-se no comunicado enviado às redações pela federação de sindicatos liderada por Mário Nogueira.

A Fenprof acusa ainda o Governo de as escolas não terem os seus orçamentos reforçados, sendo também os professores “completamente ignorados pela proposta” do Orçamento do Estado.

“Nada prevê para recuperar o tempo de serviço e resolver outros problemas de carreira, para aceder à aposentação sem penalizações, para resolver os abusos e ilegalidades nos horários de trabalho ou para ser resolvido o grave problema de precariedade que continua a afetar o setor. No que respeita aos salários, os professores, tal como os restantes trabalhadores da Administração Pública, repudiam a provocação dos 0,3%, pois esta atualização, depois de 10 anos em que o poder de compra se desvalorizou mais de 16%, provocará uma nova desvalorização”, lê-se no documento que renova as críticas ao processo de municipalização em curso.

Para 17 de janeiro, dia em que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, estará no Parlamento para debater o orçamento do seu ministério, a Fenprof prevê realizar um cordão humano, a partir das 15 horas, em frente à Assembleia da República.

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