Como todos os fabricantes de automóveis que disputam o mercado europeu, também a BMW tem na sua agenda uma generosa série de veículos híbridos plug-in para colocar no mercado até 2023, bem como uns quantos 100% eléctricos alimentados por bateria. Todos eles visam reduzir a média de emissões de CO2/km, o que hoje está longe de acontecer, para com isso evitar as pesadas multas impostas pela Comissão Europeia.

A BMW já oferece hoje um veículo 100% eléctrico, o i3, mas os novos modelos a bateria serão distintos, não apontando para nichos de mercado mas sim para o grande público, muitos deles já clientes da marca alemã, além de potencialmente serem mais rentáveis. O primeiro destes eléctricos a surgir será o SUV baseado no X3, denominado iX3, previsto para 2020, para em 2021 surgir o Série 3 eléctrico, baseado na mesma plataforma que serve as versões com motor de combustão, a gasolina ou a gasóleo.

Este vai ser o melhor eléctrico da BMW. E é um SUV

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Se o iX3 parece estar pronto a iniciar a produção em série, o Série 3 eléctrico, que deverá ser denominado i5, não anda longe desde estágio de desenvolvimento, tendo sido apanhado a rodar em diversas ocasiões, inclusivamente no circuito de Nürburgring. A estratégia da BMW passa pela partilha das plataformas, para assim evitar produzir chassis distintos para carros eléctricos e construir depois fábricas específicas para os produzir. Esta solução permite-lhe ganhar tempo e dinheiro.

A base para o (alegadamente) i5 é a versão chinesa do Série 3, que possui uma distância entre eixos maior do que as versões comercializadas na Europa e nos EUA, uma opção que sem dúvida se ficou a dever à necessidade de mais espaço na plataforma para alojar uma maior quantidade de baterias, para assim incrementar a autonomia. Desconhece-se ainda a capacidade dos acumuladores que o construtor alemão pretende instalar a bordo, mas passará necessariamente por incluir o pack de 74 kWh que desenvolveu para o iX3, que monta um só motor no eixo traseiro com 286 cv e anuncia uma autonomia de 440 km em WLTP.

Ao ser mais leve e mais aerodinâmico, o i5 deverá ser mais eficiente, o que se pode traduzir por um maior número de quilómetros entre recargas, especialmente se a BMW recorrer a um pack mais generoso.