O treinador Carlos Carvalhal pediu esta segunda-feira que o Rio Ave tenha organização para suplantar a “missão difícil” na deslocação ao terreno do Benfica, na terça-feira, dos quartos de final da Taça de Portugal de futebol.

“Sabemos da diferença e do valor entre as duas equipas, mas temos de ser organizados, empenhados e acreditar que podemos conseguir um resultado que nos permita estar na próxima eliminatória. A missão é muito difícil, mas no futebol não há missões impossíveis”, fixou o técnico, na conferência de antevisão ao duelo, no Estádio do Rio Ave FC.

Lembrando “um trajeto a roçar o brilhante” desde a chegada de Bruno Lage ao comando técnico ‘encarnado’, em janeiro de 2019, Carlos Carvalhal recusou que os líderes isolados do campeonato desviem as atenções do embate com os vila-condenses, em virtude da deslocação ao Sporting, três dias depois, para a 17.ª jornada da I Liga.

Benfica nervoso? Tem vindo a ganhar sempre, apresenta uma percentagem de vitórias elevadíssima nas competições internas e acredito que estará totalmente focado no jogo da Taça, porque sabe que o Rio Ave é uma equipa incómoda”, observou.

O último triunfo rioavista sobre as águias ocorreu em dezembro de 2017, quando os nortenhos venceram após prolongamento (3-2) e alcançaram os oitavos de final da Taça de Portugal, antes de encaixarem cinco derrotas seguidas para todas as provas, incluindo a última para o campeonato (2-0), consentida há dois meses, em solo lisboeta. “Houve dificuldades ofensivas, mas tivemos muita personalidade e uma primeira parte muito bem conseguida. Neste momento estamos mais equilibrados, mas isso não significa que vamos passar a ser uma equipa extremamente ofensiva”, vincou.

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Os sétimos colocados da I Liga depositam fortes expectativas na prova rainha, após terem sido eliminados da final four da Taça da Liga, contexto que originou duras críticas à equipa de arbitragem do desaire caseiro com o Gil Vicente (1-0), potenciando o pedido de demissão de Carlos Carvalhal, que viria a ser revertido alguns dias depois. “Hoje não pesa no dia a dia, mas está no subconsciente. Foi uma situação feia, porque fomos nitidamente afastados da competição. É necessário dar exemplos à sociedade de que, trabalhando de forma organizada, conseguimos ser melhores”, partilhou.

Com contrato até ao final da temporada, Carlos Carvalhal tem sido associado ao interesse de outros clubes, mas reforçou um “empenho e devoção total” ao Rio Ave, alicerçado nas relações que mantém com jogadores, presidente e instituição.

Nas rondas anteriores, os vila-condenses afastaram Condeixa (1-0), Alverca (1-0) e Marinhense (2-0), todos do Campeonato de Portugal, enquanto os ‘encarnados’ deixaram pelo caminho Cova da Piedade (4-0), da II Liga, Vizela (2-1), do terceiro escalão, e o primodivisionário Sporting de Braga (2-1).

O Rio Ave, finalista em 1983/84 e 2013/14, visita o Benfica, recordista de troféus, com 26 conquistas, na terça-feira, às 21h15, no Estádio da Luz, em Lisboa, em encontro dos quartos de final da Taça de Portugal.