O governo moçambicano decretou tolerância de ponto para quarta-feira, dia da tomada de posse do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para um segundo mandato, anunciou esta segunda-feira o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social.

“A tolerância de ponto não abrange os trabalhadores e funcionários e agentes do Estado cuja natureza não permite interrupção de interesse público”, lê-se num comunicado do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social.

Na quarta-feira, Filipe Nyusi vai tomar posse para o segundo e último mandato permitido pela Constituição, seguindo-se depois a formação do novo governo.

O governo moçambicano prevê a presença de três mil convidados na cerimónia de tomada de posse, entre os quais pelo menos 12 chefes de Estado, incluindo Marcelo Rebelo de Sousa, o único Presidente europeu no evento.

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Em Moçambique, o chefe de Estado é igualmente chefe do executivo, por força do sistema presidencialista em vigor.

Nas eleições gerais de 15 de outubro, o candidato do partido no poder, Filipe Nyusi, foi reeleito à primeira volta para um segundo mandato como chefe de Estado, com 73% dos votos.

Em segundo lugar ficou Ossufo Momade, candidato da Renamo, com 21,88%, e em terceiro Daviz Simango, líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com 4,38%. A Renamo, principal partido na oposição, e o MDM, terceira força parlamentar, não aceitam os resultados já promulgados pelo Conselho Constitucional, considerando que o escrutínio foi marcado por graves irregularidades.