Um prédio na rua Tomás Ribeiro, na zona de Picoas, em Lisboa, foi esta segunda-feira evacuado devido ao risco de “queda de estruturas”, avançou o Regimento de Sapadores Bombeiros, indicando que a Proteção Civil está no local a avaliar as condições de segurança.

À CMTV o chefe Joaquim Afonso, do Regimento de Sapadores de Bombeiros afirmou que o prédio foi evacuado “devido a fissuras em toda a largura na fachada esquerda derivado da obra que está em curso”. A rua Tomás Ribeiro em Picoas estava com trânsito condicionado.

A Proteção Civil esteve no local e elementos da Câmara Municipal de Lisboa também já estiveram no prédio a analisar a situação. Atualmente, o bombeiros estão a injetar “cimento na fachada” para evitar derrocada e resolver perigo imediato. Segundo fonte dos bombeiros, “há uma obra a decorrer ao lado” do prédio evacuado, pelo que se está a proceder a uma vistoria para perceber a situação.

Em declarações à Lusa, o diretor dos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, Carlos Dá Mesquita, adiantou que se procedeu à retirada dos 31 estudantes e o seu realojamento na Pousada de Juventude, acrescentando que a partir de terça-feira serão distribuídos por outras residências da capital.

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Entretanto, numa nota enviada à Lusa, fonte da Câmara Municipal de Lisboa (CML) disse que, além dos estudantes, este prédio n.º89-91 é ocupado “pelo Sindicato dos Magistrados Judiciais, por uma agência de viagens, uma clínica e por dois agregados [familiares] – um de quatro e outro de três pessoas, respetivamente, ocupando dois fogos diferentes”.

“Informada em dezembro de 2019 pelos seus ocupantes da existência de fissuras nas paredes do prédio, a CML deslocou-se ao local, fez vistoria e foram colocados fissurómetros (instrumentos de medição) de modo a monitorizar o imóvel”, explicou a autarquia, referindo que foi pedido aos moradores que dessem o alerta “logo que os fissurómetros rompessem, o que hoje se verificou”. Neste âmbito, a autarquia “evacuou de imediato o edifício”, assegurou a CML.

Em termos de realojamento, os estudantes foram encaminhados para a Pousada de Juventude, enquanto “o agregado que é proprietário da habitação onde vivia, optou por recorrer a soluções próprias para realojamento” e, no caso do outro fogo, que era arrendado, o realojamento do agregado foi assegurado pelo seu proprietário.

Pessoas só regressam depois de obras

A CML disse, ainda, que “o imóvel foi sujeito a vistoria à qual se seguirá uma intimação para realização de obras de conservação”. “As pessoas só deverão regressar às suas casas depois de se realizarem as obras necessárias a conferir segurança ao edifício, sujeitas a prévia fiscalização por parte da CML”, concluiu a autarquia.

No prédio habitam vários estudantes a quem foi permitido ir “tirar haveres” de casa antes de as autoridades interditarem o acesso ao prédio. Até terça-feira vai ser avaliado se os residentes e trabalhadores podem ou não voltar para os apartamentos. Ao todo, entre residências de estudantes, “escritórios de advogados” e habitações particulares, foram retiradas esta tarde 32 pessoas, sendo 31 estudantes.

O prédio corresponde aos números 89 e 91 da rua Tomás Ribeiro. O alerta para o risco de “queda de estruturas” na rua Tomás Ribeiro foi dado pelas 12h48, devido ao aparecimento de “fendas no prédio”, mobilizando para o local 10 operacionais dos bombeiros, com três viaturas de socorro.

Atualizado às 19h40 com informação da Câmara de Lisboa.