O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou esta quarta-feira “inevitável” o diálogo com os credores da dívida pública do país para o reforço da confiança dos parceiros de cooperação e dos mercados financeiros nacionais e internacionais.

O diálogo com os credores será inevitável, com vista a reforçar a confiança do país junto dos parceiros de cooperação para o desenvolvimento e dos mercados financeiros nacionais e internacionais”, frisou Filipe Nyusi, no discurso de posse para mais um mandato e último constitucionalmente permitido.

Os países e instituições internacionais que apoiam o Orçamento do Estado moçambicano suspenderam a sua ajuda, na sequência da descoberta do escândalo das dívidas ocultas, em 2016.

O chefe de Estado moçambicano assinalou que no plano da política macroeconómica, os próximos cinco anos serão dedicados a uma gestão prudente da despesa e da dívida pública, através do aperfeiçoamento de mecanismos de monitoria, supervisão e gestão do risco fiscal e estabilidade do metical.

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Filipe Nyusi assinalou que o seu Governo vai continuar as discussões sobre a criação de um fundo soberano que vai captar as receitas provenientes da exploração dos recursos naturais. “O fundo soberano poderá apoiar nos esforços de diversificação da nossa economia, através da canalização de recursos para o desenvolvimento dos setores não tradicionais, com destaque para o setor agrário e a industrialização, que emprega a maioria da nossa população”, referiu.

No plano internacional, prosseguiu, o país vai manter a política de fazer mais amigos e aliados, bem como consolidar a cooperação e solidariedade com outros povos, através de relações bilaterais e multilaterais de forma a maximizar e proteger os interesses nacionais. “Prosseguiremos afincadamente a cooperação com os fóruns multilaterais, particularmente os dos Países Africanos de Língua Portuguesa e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”, destacou Filipe Nyusi.

A busca de consensos internacionais para a promoção e manutenção da paz e do desenvolvimento socioeconómico para o benefício da humanidade vão continuar a nortear a atuação da diplomacia moçambicana, frisou.