O diretor executivo da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027, Pedro Gadanho, disse esta quinta-feira que vai trabalhar para elaborar “uma candidatura sólida” e “um dossiê fortíssimo” para que a proposta seja vencedora.

“O objetivo [do trabalho a desenvolver] é estruturar uma candidatura sólida para 2027”, afirmou esta quinta-feira Pedro Gadanho na sessão de apresentação da equipa de programação da proposta daquela cidade a Capital Europeia da Cultura.

Na sessão, realizada no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), o diretor executivo disse liderar uma candidatura que espera que se “traduza num impulso importante para a região”.

Pedro Gadanho tenciona “criar um dossiê fortíssimo que seja vencedor e isso implica estudo e estratégia”.

“E esse estudo e essa estratégia é a mais-valia que ficará” para o futuro da região, apontou Pedro Gadanho na sua intervenção, realizada em formato de conversa, com moderação de Sónia Sá, docente da Universidade da Beira Interior.

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O arquiteto Pedro Gadanho, ex-diretor do MAAT — Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, e curador do departamento de arquitetura e design do MOMA — Museum of Modern Art, em Nova Iorque, disse ainda que com a preparação da proposta da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027 promete “maior conhecimento do potencial da região e das estratégias que podem ser desenvolvidas, quer se ganhe ou não a candidatura”.

“Eu espero que ganhemos, porque gosto de estar em projetos ganhadores”, assumiu.

Da equipa de programação coordenada por Pedro Gadanho fazem parte Victor Afonso (coordenador do TMG), Osvaldo Ferreira (maestro), Andreia Garcia (programadora cultural), José Rui Martins (ator e encenador), Jorge Maximino (investigador), João Mendes Rosa (diretor do museu local), Carla Morgado e Thierry Santos (município da Guarda), Catarina Raposo (arquiteta), Tiago Sami Pereira (músico) e Lara Seixo Rodrigues (especialista em arte urbana).

Na semana passada, a Câmara da Guarda também apresentou os 17 elementos que integram o Conselho Estratégico da candidatura, que é presidido por Urbano Sidoncha, professor na Universidade da Beira Interior, e que inclui 17 conselheiros.

A antiga ministra Teresa Gouveia lidera a Comissão de Honra e o Conselho Geral integra os presidentes de 17 autarquias da região (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal, Trancoso, Belmonte, Covilhã, Fundão, Aguiar da Beira e Vila Nova de Foz Côa).

Na sessão desta quinta-feira, Teresa Gouveia disse sentir honra pelo convite para participar numa iniciativa que “se constrói com muita ambição, com algum risco, mas também com algum sentido de futuro”.

O presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro (PSD), lembrou na sua intervenção que a candidatura “valoriza” os 17 municípios abrangidos, “porque é uma candidatura de território”.

“É algo inovador, não só para a região como para o país”, enfatizou.