Hong Kong recebeu em 2019 perto de 60 milhões de visitantes, uma queda de 14% em relação ao ano anterior justificada pelos protestos antigovernamentais que começaram em junho, anunciaram na quarta-feira as autoridades locais.

Governo de Hong Kong diz que violência e adversidade económica são desafios para 2020

A estatística foi dada a conhecer no mesmo dia em que o Governo de Carrie Lam anunciou o cancelamento do fogo-de-artifício previsto para o segundo dia do Ano Novo Lunar, a 26 de janeiro, por razões de segurança.

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De acordo com os Serviços de Turismo, 55,9 milhões de pessoas visitaram Hong Kong em 2019, contra 65,15 milhões no ano anterior, sobretudo devido à queda de 14,2% do número de visitantes da China. Também o número de visitantes que passa pelo menos uma noite em Hong Kong caiu 18,8% para 23,76 milhões, em termos homólogos.

A indústria turística de Hong Kong enfrentou desafios excecionais no último ano, mas tenho toda a confiança na nossa resiliência e no nosso valor como um destino turístico de classe mundial”, disse o responsável dos Serviços de Turismo da região administrativa especial chinesa, Pang Yiu-kai.

“Estamos a trabalhar incansavelmente numa grande campanha global para reconstruir a imagem da cidade e ajudar a nossa indústria a recuperar”, afirmou, citado pela imprensa local.

Hong Kong tem sido palco de protestos antigovernamentais violentos desde junho passado, embora recentemente tenham diminuído de intensidade.

Em contrapartida, Macau, a outra região administrativa especial da China, recebeu em 2019 39,4 de milhões de visitantes, um aumento de 10,1% em relação ao ano anterior, num novo recorde para a cidade, indicaram dados preliminares divulgados também na quarta-feira pelo Governo do território.