O Mónaco está a investigar o antigo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a sua filha e genro por suspeitas do crime de branqueamento de capitais.

De acordo com o Expresso, que avança com a notícia este sábado, em causa estão elevadas somas de dinheiro depositadas em bancos sediados no Mónaco e que terão sido obtidas ilegalmente. A filha de José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos, e o marido, Sindika Dokolo, têm ativos imobiliários no principado no valor de 53 milhões de euros.

O Tribunal Provincial de Luanda decidiu, em dezembro de 2019, arrestar preventivamente as contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e de Mário da Silva – o principal gestor da empresária — e de nove empresas angolanas nas quais detêm participações sociais. Além disto, responsabilizou diretamente o antigo Presidente angolano por alegadamente ter autorizado um desvio de cerca de 115 milhões de dólares e por ter favorecido a filha no comércio de diamantes. O Tribunal imputou ainda prejuízos de mais de mil milhões de euros do erário público angolano a Isabel dos Santos e a Sindika Dokolo.

Como Angola avançou contra Isabel dos Santos (e atingiu também o pai)

Esta decisão da Justiça angolana, de acordo com o semanário que cita uma fonte da Interpol, deu “nova força” às investigações que já decorriam há vários meses.

O semanário refere ainda que outras pessoas — desde amigos a familiares e colaboradores  — que estiveram envolvidas nos negócios dos três suspeitos também podem vir a ser alvo de investigações.

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