Um Sporting forte, um Benfica forte, um FC Porto forte, uma Oliveirense a tentar ser forte. A Taça Hugo dos Santos juntava em Sines as quatro melhores equipas do Campeonato até ao momento (e a larga distância de todas as outras) numa fase onde todos estão ainda a tentar encontrar as soluções ideais para a fase a eliminar. Neste caso em específico, os leões procuram uma alternativa interior para a ausência (longa) de Brandon Nazione, ao passo que o conjunto de Oliveira de Azeméis tenta ainda fixar os estrangeiros na equipa depois da debandada geral das principais figuras como Travante Williams, James Ellisor (estes para Alvalade) e Eric Coleman (Luz).

No final da primeira qualificação para o jogo decisivo deste domingo, e antes do clássico entre Benfica e FC Porto, o equilíbrio foi a nota dominante mas a Oliveirense conseguiu levar a melhor, vencendo o Sporting por 93-88 após dois prolongamentos no Pavilhão Municipal de Sines e marcando presença pelo terceiro ano consecutivo na final de uma prova que conquistou no ano passado após derrotar o Benfica por 77-70.

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A Oliveirense até teve uma entrada melhor, fazendo prevalecer o seu jogo coletivo ofensivo com a bola circular por todos os jogadores e conseguindo travar o jogo interior dos leões, condicionados pela ausência de Nazione. No entanto, essa fase positiva do conjunto de Norberto Alves nunca deu mais do que uma vantagem de quatro pontos à equipa nos cinco minutos iniciais, curto para uma recuperação do Sporting que virou por completo o período: com percentagens de lançamento de 50% (o dobro do adversário) e Ellisor a resolver nas posses mais complicadas, a formação verde e branca disparou no marcador e acabou os dez minutos iniciais a ganhar por 20-11.

Luís Magalhães aproveitou para promover alguma rotação na equipa leonina, que foi andando sempre na frente do marcador, mas a Oliveirense conseguiu reagir, aumentou a agressividade defensiva e passou a contar com a maior inspiração dos americanos John Fields e Shonn Miller (em contraponto com uma exibição longe do habitual de Travante Williams nos verde e brancos), passando mesmo para a frente por 29-27 a menos de três minutos do intervalo, que chegaria com uma vantagem de 33-29 com apenas nove pontos do Sporting em dez minutos.

A segunda parte começou com um jogo ainda mais intenso, muita luta nas tabelas e duas figuras do Sporting a equilibrarem de novo o resultado: Ty Toney, com dois triplos em momentos chave, e Travante Williams, que teve uma subida a pique de produção até ao empate a 41 que ia deixando tudo em aberto num período que só ficou decidido a quatro segundos do final, quando Toney converteu mais um lançamento exterior e colocou os verde e brancos na frente por dois pontos (53-51) antes do último parcial de um encontro com pontuação mais baixa do que é normal nas duas formações em virtude das percentagens fracas abaixo dos 50%.

A partir daí, reinou de vez o equilíbrio. Com ressaltos ofensivos repartidos, com triplos repartidos, com turnovers repartidos, com lançamentos da linha de lance livres falhados repartidos. No final do quarto período, a Oliveirense teve nas mãos a possibilidade de desfazer o 70-70 mas acabou por não conseguir evitar o prolongamento. Na última posse do prolongamento, o Sporting teve nas mãos a possibilidade de desfazer o 81-81 mas Ellisor acabou por perder a bola sem lançamento. Só mesmo no segundo prolongamento haveria vencedor, com a formação de Norberto Alves a ser mais forte perante vários erros dos leões e a fechar o triunfo em 93-88.