Há várias situações estranhas associadas ao facto de a Rainha de Inglaterra conduzir regularmente. Primeiro, porque tem 93 anos e continua a exercer o seu direito de conduzir, ao contrário do seu marido, o Príncipe Philip, que teve de “arrumar” a carta depois de uns acidentes rodoviários que colocaram em causa a sua destreza.

Igualmente estranho é o facto de Elizabeth II, que possui uma invejável colecção de veículos avaliada em mais de 10 milhões de euros, sobretudo Range Rover, Land Rover, Bentley, Rolls-Royce e os Jaguar limousine oficiais, ter um fraquinho por um Range Rover, que não propriamente a geração mais recente, além de apontar o Land Rover Defender como o seu favorito, uma escolha que faria todo o sentido em tempo de guerra ou para ir à caça, uma vez que, apesar de indestrutível, deixa algo a desejar em conforto e refinamento.

Os carros da monarca britânica voltaram a ser notícia porque, depois do Megxit e enquanto se passeava de Range Rover, alguém reparou que o jipe inglês exibia um cão no capot do motor. O bicho em causa parece ser um labrador com o faisão na boca, mas em vez de estar na ponta do capot, no topo da grelha, surge em posição bem mais recuada.

É conhecida a paixão de Elizabeth por cães, especialmente gorgy e labradores, da mesma forma que é habitual na família real os ornamentos deste tipo, com a própria Rainha a possuir vários bibelôs para decorar o capot, pois no lugar do labrador pode até surgir um São Jorge degolando um dragão. O seu filho Carlos, por outro lado, tem outros gostos, pelo que muitas vezes opta por um adorno em forma de jogador de polo sobre o capot.

O mais curioso é que este tipo de mascote na frente do carro, fixo solidamente ao capot em vez de protegido por uma mola que lhe permita dobrar-se para evitar danos em caso de atropelamento, como fazem a Rolls, Bentley, Jaguar e a Mercedes, não sendo ilegal, é muito pouco aconselhado. Em caso de embate num peão, a lei prevê que todos os danos adicionais resultantes da presença de um objecto com arestas solidamente fixado à carroçaria do veículo expõem o condutor a processos de indemnização que estão perdidos, à partida.

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