Em outubro, o Sporting anunciou o fim do protocolo que mantinha com duas das claques leoninas organizadas — a Juventude Leonina e o Directivo Ultras XXI — e manteve as relações com as outras duas, a Torcida Verde e a Brigada Ultras Sporting. O corte de relações institucionais entre os Grupos Organizados de Adeptos (GOA) e a atual Direção do clube tem ficado visível ao longo da presente temporada, com as duas claques a absterem-se de apoiar a equipa durante as primeiras partes dos jogos, a entoarem cânticos que visam Frederico Varandas e os restantes dirigentes e ainda o recente arremessar de tochas para o relvado.

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Este último ponto, visível no jogo de sexta-feira com o Benfica — a segunda parte do dérbi esteve parada durante cinco minutos, para que os bombeiros recolhessem as tochas atiradas das bancadas para a zona da grande área de Luís Maximiano –, terá sido a gota de água para a atual Direção leonina, que vai tomar medidas mais drásticas já a partir da próxima temporada. De acordo com a edição desta terça-feira do jornal A Bola, o Sporting vai colocar as próprias claques (e aqui incluem-se as quatro, não apenas as duas cujo protocolo cessou) numa caixa de segurança no Estádio José Alvalade.

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Os quatro GOA vão então mudar de lugar no estádio, passando do primeiro anel, a bancada A, para a bancada B. Colocados mais acima e mais longe do relvado, os integrantes das claques vão ficar então restringidos numa caixa de segurança, vulgo gaiola, o mesmo sistema que é normalmente destinado aos grupos de adeptos das equipas adversárias que visitam Alvalade. Desde o início da temporada 2013/14, quando era Bruno de Carvalho o presidente do Sporting, que as quatro claques leoninas dividem entre si a Curva Sul do estádio — ainda não é certo que os GOA permaneçam no lado sul de Alvalade, sabendo-se apenas que vão subir da bancada A para a bancada B.

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O objetivo da cúpula leonina ao tomar esta decisão, para lá de esta ser mais uma tomada de posição forte e impactante junto das claques, é principalmente o de evitar ser alvo de mais multas devido ao arremesso de tochas ou outros objetos pirotécnicos para o relvado. O Sporting tem tentado impugnar essas mesmas sanções, alegando que não tem qualquer relação com os grupos de adeptos em causa e que, por isso, não tem responsabilidade sobre as ações, mas a verdade é que as multas pagas pelo clube relativamente a estes casos já ascendem aos 100 mil euros.