Observamos o país e o mundo há cinco anos e trabalhamos todos os dias para dar aos nossos leitores informação que contribua para a sua melhor opinião pública. E fechámos 2019 a querer também Observar Boas Causas. Desafiámos os nossos parceiros comerciais e todos os leitores a que se juntassem para, em conjunto, ajudarmos a Associação Banco do Bebé – uma instituição de solidariedade social que apoia, de forma sistemática, famílias de crianças recém-nascidas com problemas económicos, sociais e de desenvolvimento. E durante o mês de Dezembro, quisemos partilhar as causas solidárias e inspiradoras de parceiros comerciais. A Fundação Ageas, do Grupo Ageas Portugal, e a Fidelidade aceitaram o desafio, e juntaram-se ao Observador.

E não foi só nossa redação que cresceu com todos os bens que foram chegando e enchendo o nosso espaço. Procurámos, com esta causa, incentivar também os leitores que todos os dias nos leem e ouvem na rádio a conhecer estes projetos e a mudar os seus comportamentos no dia a dia porque, nas palavras de Rudolf Gruner, diretor-geral do Observador, os bons resultados vão para lá dos valores que se encerram dentro desta nossa causa, mas há também outro valor que é usar o nosso meio de comunicação para dar a conhecer o que se fez para que outras pessoas e empresas possam, de alguma forma, ter incentivo para fazer o mesmo.

“O Observador tem tido um crescimento acelerado e, muitas vezes, nestes projetos de crescimento rápido, acabamos por estar tão focados em nós que nos esquecemos que fazemos parte de uma sociedade, e que há outras preocupações que podemos acarinhar na nossa casa. Esta foi a primeira ação com dimensão que fizemos e gostámos muito da possibilidade de apoiar o Banco do Bebé, graças aos bons parceiros que se associaram e que nos permitiram dar ainda mais força a esta iniciativa. O resultado foi fantástico, mas agora podemos ainda ir mais longe. Temos todos os dias cerca de 400 mil pessoas que passam no nosso jornal e na nossa rádio. Se uma parte delas, pelo menos, tiver sido impactada pelas histórias que escrevemos e pelos resultados que agora mostramos, e quiser replicar dentro das suas possibilidades, isso também é importante”, explica Rudolf Gruner.

Um obrigada aos leitores e parceiros da nossa causa

Célia Inácio, Presidente da Fundação Ageas, e Isabel Cunha de Eça, do Gabinete de Responsabilidade Social da Fidelidade, vieram ao Observador para, juntos, fazermos o donativo final ao Banco do Bebé. E o resultado superou todas as nossas expectativas.

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Com o valor que foi acumulado graças à comunicação da causa solidária dos parceiros no nosso jornal (10% do valor da receita revertia para uma “conta solidária”) mais as doações dos mesmos e também de leitores e da comunidade Observador, conseguimos doar ao Banco do Bebé: 16 espreguiçadeiras, 91kg de roupa, 1229 fraldas, 35 embalagens de toalhitas, 2 caixas de soro fisiológico, 3 biberões, 6 geles de banho, 3 cremes muda fraldas, 5 cremes hidratantes, 12 latas de leite nº1, 12 latas de leite nº 2, 2 embalagens de papa, 1 pacote de algodão e 1 boião de comida.

Para Assunção Infante da Câmara, Presidente da Direção do Banco do Bebé, estes donativos vão ajudar a instituição a dar mais respostas. “Neste momento, ajudamos, em casa, 117 famílias e 130 crianças, maioritariamente com bens de primeira necessidade, como leite, leites especiais, roupa, entre outras coisas. Mas só em campanhas, como esta do Observador, é que conseguimos angariar outros bens, como as espreguiçadeiras, que normalmente compramos.”

“O Observador deu-nos uma voz que não tínhamos”

O Banco do Bebé trabalha com famílias de bebés com problemas de saúde ou em risco de extrema pobreza. Só em 2019, recebeu 1774 pedidos de ajuda, números a que é impossível responder. “Para nós, não é a quantidade de respostas que damos, mas sim a qualidade. Não conseguimos responder a todos os pedidos e é por isso que estamos constantemente a bater às portas, a dar a conhecer a nossa causa, a tentar angariar mais donativos”, explicou Assunção Infante da Câmara.

Em 2019, o Banco do Bebé conseguiu dar 195 enxovais novos e completos, e 114 alcofas a famílias carenciadas. Mas as necessidades são muitas, desde leites, a roupas, carrinhos, espreguiçadeiras, cadeirinhas e produtos essenciais a um bebé. “Sermos escolhidos para esta iniciativa foi um orgulho, porque estarmos aqui também significa que vamos conseguir dar a conhecer o nosso trabalho aos leitores. E não dá para explicar o que tudo o que nos deram significa. Muitas vezes, não conseguimos ajudar mais porque não temos dinheiro para comprar as coisas que as famílias precisam. E desta vossa ajuda saiu ainda uma nova parceria para futuras colaborações com a Fidelidade e a Fundação Ageas, que passaram a conhecer o Banco do Bebé. Todas estas empresas abrem-nos caminho a outras possibilidades. E esta publicidade que o Observador nos deu vai permitir-nos também chegar mais longe. A vossa campanha deu-nos uma voz que não tínhamos”, refere Assunção Infante da Câmara.

A responsabilidade social dos nossos parceiros é uma inspiração

A Fundação Ageas e a Fidelidade foram os parceiros que se juntaram e ajudaram a concretizar esta nossa primeira causa, porque acreditam que a responsabilidade social tem de fazer parte do ADN das empresas. E ambas atuam ativamente na sociedade. A Fundação Ageas tem três grandes pilares na sua estratégia: o voluntariado corporativo, o empreendedorismo e inovação social, e os projetos com impacto social sustentável. E o Grupo Fidelidade trabalha em prol da inclusão social de pessoas com deficiência ou incapacidade, envelhecimento e prevenção em saúde.

Para Célia Inácio, a Fundação Ageas já tem no seu pilar a prática de recolha de bens de primeira necessidade, por ser uma forma simples de apoiar instituições e de envolver os colaboradores. “Não podíamos recusar esta parceria do Observador em juntar diferentes parceiros com uma causa comum. O nosso público-alvo é o público vulnerável, desde os idosos aos bebés, e fazia sentido dar a conhecer o Banco do Bebé e sensibilizar o nosso ecossistema interno e externo para esta necessidade. A nossa grande ambição passa por contribuir de forma efetiva para comunidades mais resilientes e acreditamos que, se todas as empresas de Portugal tiverem esta forma de estar na sua comunidade, vamos reduzir e erradicar muitos dos problemas, desde a pobreza, a fome, a educação, a saúde, entre outros. O que é comum a todos os projetos que apoiamos é a vulnerabilidade social nas comunidades. Queremos ajudar à inclusão, educação e saúde, e não podíamos deixar de apoiar esta causa do Observador e de incluir o Banco do Bebé nos nossos projetos sociais.

Isabel Cunha de Eça reforça a ideia de que a responsabilidade social corporativa é uma excelente forma para as pessoas treinarem a partilha e a relativização. “Todos achamos que os nossos problemas são maiores que todos os outros. E quando nos confrontamos com iniciativas destas na Fidelidade, aproveitamo-as sempre porque são oportunidades para, junto dos colaboradores, propor boas ações que acabam por ser gratificantes. Há uns anos, tínhamos 400 voluntários, há dois anos, já tínhamos 600 e fechámos 2019 com mais de mil. E quando respondemos ao pedido do Observador, tivemos uma adesão muito positiva por parte dos colaboradores. Dentro da Fidelidade procuramos contribuir para o desenvolvimento do país em duas grandes vertentes: no desenvolvimento económico e humano. E um desenvolvimento económico sustentável pressupõe sempre um desenvolvimento humano sólido.  Uma das coisas que estamos cada vez mais a implementar nas nossas ações de responsabilidade social é criar cadeias de valor em círculo vicioso, potenciar um trabalho em cadeia, como agora com o Observador”, refere.

Quer ajudar? Saiba como

Queremos também, com esta ação, incentivar os nossos leitores a serem mais ativos e a apoiar as suas comunidades. Se quiser ajudar o Banco do Bebé, pode colaborar com donativos, seja em valor monetário ou bens de primeira necessidade. Assunção Infante da Câmara  explica: “Qualquer coisa que nos doem já será uma grande ajuda. Até cinco euros já ajuda. E todas as doações são importantes, desde roupa, a leite, fraldas… podem entregar pessoalmente ou enviar por correio”.

Na altura de entregar o seu IRS, pode doar 0,5% a uma instituição e, atenção, este gesto não implica qualquer custo para si. Quando for feita a liquidação de IRS, as finanças retiram 0,5% do imposto total que o Estado liquida para entregar à entidade que escolher e não do que será devolvido ao contribuinte. O que significa que, se não o fizer, esses 0,5% acabam por ficar para o Estado.

Lembre-se que o mundo não precisa que poucas pessoas tenham gestos grandiosos; precisa, sim, que muitas tenham gestos pequenos. E todos juntos conseguimos mudar o mundo.

#Observamosboascausas