Os ecrãs táteis do futuro poderão ter a flexibilidade de um jornal, ser dobrados e enrolados, com uma tecnologia desenvolvida por investigadores na Austrália.

A tecnologia consiste num material eletrónico ultrafino e ultraflexível que é cem vezes mais fino do que os ecrãs táteis atuais e pode ser enrolado como um tubo.

A investigação da equipa, liderada por investigadores do Royal Melbourne Institute of Technology, foi publicada esta sexta-feira na revista científica Nature Electronics e consiste num novo material condutor produzido a partir de materiais usados em ecrãs táteis combinados com metal líquido.

O material usado atualmente é transparente, tem boa condutividade, mas é muito frágil, apontou o principal responsável pela equipa, Torben Daeneke, referindo que os cientistas conseguiram transformá-lo de um material com três dimensões para um com duas dimensões, com tecnologia que pode ser replicada “numa cozinha”, desde que essa cozinha tenha uma câmara de vácuo.

“Pode dobrar-se, torcer-se e fabricar-se de uma maneira muito mais barata e eficiente”, referiu, acrescentando que requer menos 10% de energia para funcionar.

Os cientistas usaram uma liga metálica com índio que é aquecida, derretida e depois derramada sobre uma superfície lisa onde é impressa com lâminas de óxido de índio com a densidade de um átomo.

A equipa conseguiu criar um ecrã tátil funcional e vai agora registar a patente.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR