A exposição de realidade virtual “Electric”, que se inaugura no sábado, na Fundação de Serralves, no Porto, pretende “experimentar” de que forma é que o mundo da tecnologia e da arte se “misturam”, afirmou esta sexta-feira o comissário Daniel Birnbaum.

Provavelmente estamos nos primeiros segundos ou semanas de uma nova era e não sabemos onde isso nos levará. Quando algo novo chega, é evidente que há sempre uma janela de experimentação e também de alguma confusão”, afirmou o crítico de arte e curador sueco Daniel Birnbaum.

Em declarações à agência Lusa, à margem de uma visita guiada à exposição, o comissário da “Eletric”: A virtual reality exhibition”, que é inaugurada este sábado e fica patente até 24 de maio, em Serralves, afirmou estar bastante “satisfeito”, isto porque esta é “a primeira vez” que um museu alberga a exposição.

É a primeira vez que isto é visto num museu. Não sabemos como é que a realidade virtual ficará no mundo da arte tradicional. Será que se vai encaixar em galerias de arte? Num museu clássico? Em festivais? Ou deveria estar patente ‘online’?”, reiterou o curador sueco.

Organizada pela Acute Art, a exposição “quebra” com as tendências de quem visita um museu, na medida em que convida o público a visitar, através de óculos de realidade virtual, “outros universos”.

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Entre experiências imersivas por percursos “desconcertantes” e “mundos fictícios”, aos visitantes são dadas a conhecer obras da Städelschule Architecture Class (SAC), de R. H. Quaytman, Nathalie Djurberg & Hans Berg e Anish Kapoor. Além destas obras, o projeto ainda integra uma obra de Olafur Eliasson, artista atualmente em exposição no Museu e no Parque de Serralves, e uma obra de realidade aumentada de Koo Jeong A, apresentada no Parque da fundação.

À Lusa, Daniel Birnbaum adiantou que este projeto, além de ser uma “experiência” para perceber como é que o mundo da “vanguarda tecnológica” e da arte se “misturam”, visa também atrair “novos e diferentes públicos” aos museus.

“A arte é para todos e [o facto de] esta exposição poder estar num museu, [permite] alcançar pessoas que não estão tão acostumadas a ir, o que nos abre uma visão muito democrática para as artes visuais”, concluiu o comissário.