Um segurança privado foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas da autoria de agressões, em Évora, que deixaram um homem de 28 anos em risco de vida, ficando a aguardar julgamento em prisão preventiva.

Em comunicado enviado esta sexta-feira à agência Lusa, a PJ indicou que os factos aconteceram na madrugada do dia 22 de dezembro de 2019, na via pública, na sequência de “uma discussão, por motivos fúteis, entre o suspeito e a vítima, os quais já se conheciam”.

Segundo a PJ, a vítima “foi brutalmente agredida a pontapé pelo autor”, o que lhe “provocou graves lesões na cabeça, encontrando-se em perigo de vida e permanecendo, desde o dia dos factos, em estado de coma”.

Contactada pela Lusa, fonte da Polícia Judiciária precisou que a vítima foi encontrada inconsciente, numa travessa situada na zona das Portas de Moura, no centro histórico de Évora, por pessoas que iam a passar e que deram o alerta para a PSP.

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O alegado agressor, precisou a mesma fonte, tem 20 anos e era segurança numa discoteca da cidade, mas no dia dos factos não estava a trabalhar.

O detido, que é suspeito da prática dos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e de furto qualificado, já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva, a mais gravosa.

Também em comunicado publicado no site do Departamento de Instrução e Ação Penal (DIAP) de Évora, o Ministério Público (MP) indicou que o arguido ficou em prisão preventiva por “perigo de continuação da atividade criminosa e de perturbação do inquérito”.

De acordo com o MP, o alegado agressor, que foi detido na quarta-feira pela PJ, envolveu-se numa “discussão verbal” com o outro homem, tendo, posteriormente, “derrubado este, fazendo-o cair”.

“De seguida, desferiu diversos pontapés, que o atingiram na zona da cabeça e na cara, tendo-o também pisado, naquela zona do corpo, repetidamente”, relatou o MP, realçando que, após a vítima ter ficado inanimada, “retirou-lhe um cartão bancário e as chaves do seu veículo e abandonou o local conduzindo” a viatura.

“Com a sua atuação, o arguido agiu com o propósito de tirar a vida à vítima, provocando-lhes ferimentos que só não lhes provocaram a morte, resultado que era por si pretendido, devido à intervenção de terceiros e à pronta assistência médica”, refere o MP.