O fundador do portal da Internet WikiLeaks, Julian Assange, foi transferido da ala médica da prisão de Belmarsh, no sudeste de Londres, onde estava isolado, para uma área da prisão com outros presos, anunciou esta sexta-feira um membro do WikiLeaks.

O ativista, de 48 anos, está na prisão de alta segurança de Belmarsh desde abril passado, quando foi detido por agentes britânicos e logo depois de o Presidente equatoriano, Lenín Moreno, retirar-lhe o asilo diplomático que desfrutava desde 2012 na embaixada do Equador em Londres.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, Joseph Farrell, membro do WikiLeaks, anunciou que “as autoridades da prisão de Belmarsh transferiram o ativista do seu confinamento na área médica para uma área com outros presos“.

Esta é uma grande vitória para a equipa jurídica de Assange e para os ativistas, que levaram semanas insistindo com as autoridades da prisão para encerrar o tratamento punitivo a Assange”, explicou Farrell.

O ativista do WikiLeaks lembrou também que é uma “grande vitória” para o resto dos prisioneiros de Belmarsh, depois que um grupo deles criticar o “tratamento injusto” alegadamente dado ao australiano naquela prisão.

Julian Assange aguarda o início, no próximo mês, do julgamento de extradição para os Estados Unidos, que lhe imputa acusações que podem levar o australiano a receber uma sentença de até 170 anos de prisão.

Entre as acusações, Washington está a pedir que Assange seja extraditado devido aos milhares de documentos confidenciais veiculados no portal da Internet e os crimes de “conspiração” para se infiltrar nos sistemas de computadores do Governo dos EUA.

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