Começou a falar do jogo, fez uma retrospetiva dos três anos no FC Porto, colocou o lugar à disposição de Pinto da Costa. Foi desta forma que Sérgio Conceição, treinador dos azuis e brancos, marcou presença na flash interview da SportTV em Braga após a terceira final consecutiva perdida desde que assumiu o comando da equipa.

A diferença entre ter uma Oliveira e ter uma Horta inteira (a crónica da final da Taça da Liga)

“Estou a dizer que é preciso responsabilidade coletiva, a começar por mim. Não estou a falar do grupo de trabalho, mas de toda a gente. Porque é difícil… É difícil trabalhar em determinadas condições. No primeiro ano, sem reforços e sem dinheiro. No segundo, com falta de verdade desportiva. Este, ano sem união dentro do clube. Assim, fica difícil… Neste momento o meu lugar está à disposição do presidente. Boa noite”, atirou no final da intervenção na zona de entrevistas rápidas, saindo de rompante sem responder a mais nenhuma questão.

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Antes, Sérgio Conceição tinha falado sobre o encontro entre parabéns a Rúben Amorim e ao Sp. Braga. “Não vi o golo mas foram alguns ressaltos e a bola ficou no jogador do Sp. Braga na última jogada. Mais uma vez tivemos infelicidade, num jogo em que podia ter caído para qualquer lado. Foi um jogo de grande intensidade, o Sp. Braga mais uma vez demonstrou características que durante a época não se vê normalmente. Quero dar aos parabéns ao Sp. Braga. No nosso caso, temos de olhar para dentro”, comentou sobre a final da Taça da Liga.

Já antes, sobretudo em duas ocasiões, Sérgio Conceição tinha abordado de forma mais veemente as críticas dos adeptos. “O importante é que estejamos todos juntos. Gostamos de receber palmas quando ganhamos, todos juntos somos fortes. Dragões juntos somos fortes. Sei que agora nas redes sociais vou ser insultado mas vou ser sincero, estou-me a cagar para isso [das críticas]. Tenho o foco na minha equipa”, disse após o empate com o Marítimo na Primeira Liga. “Quando ganho batem palmas, quando perco assobiam e mostram lenços. Os lenços brancos, esses, utilizo-os para me assoar ou para limpar o suor do meu trabalho aqui todos os dias. Isso não me pode condicionar no trabalho”, referiu no lançamento da meia-final da Taça da Liga com o V. Guimarães.

Também Marcano tinha falado na zona de entrevistas rápidas antes do técnico. “É um dia triste para nós. Para o clube, para os adeptos, para os jogadores. Temos de tentar seguir da melhor forma no resto dos jogos que faltam esta época. É um momento complicado, sofrer no último minuto do jogo… É duro, é difícil mas temos de seguir em frente, levantar a cabeça e preparar o próximo jogo da melhor maneira possível”, começou por referir.

“Na primeira parte tivemos duas ou três ocasiões claras para fazer golo, mas não conseguimos. No segundo tempo foi um jogo muito repartido, um jogo de empate. A derrota é sempre um momento duro, porque somos um clube ganhador. Quando perdemos é triste. Mas agora temos de pensar já no Gil Vicente [terça-feira, Primeira Liga] e pensar em ganhar”, concluiu o espanhol que, após a saída para a Roma, regressou esta época ao Dragão.

Por volta das 23h30, quase duas horas depois do final do encontro, Sérgio Conceição acabou por passar pela zona mista do Municipal de Braga com Pinto da Costa e Luís Gonçalves, diretor do futebol, entre outros elementos da SAD. O técnico não compareceu na conferência de imprensa nesse hiato e terá conversado com o número 1 dos azuis e brancos nesse período em que a quase totalidade dos jogadores já se encontrava no autocarro.