O analista responsável pelo departamento africano na consultora britânica IHS Markit, Bryan Plamondon, disse este domingo à Lusa que o crescimento de 3% para este ano na África subsaariana está dependente da estabilização das principais economias.

“O crescimento da economia da África subsaariana deverá aumentar para 3% este ano, desde que haja estabilização dos pesos-pesados económicos da região”, disse o economista em declarações à Lusa para antecipar a evolução destas economias em 2020.

A economia da Nigéria, a maior da região, “continua a enfrentar restrições internas ao crescimento, incluindo um fornecimento deficiente de moeda estrangeira, pressões na moeda, inflação elevada e cortes no abastecimento de energia”, disse o analista, acrescentando que a previsão da consultora é que o crescimento neste país fique nos 1,7%.

Na África do Sul, a segunda maior economia da região e a mais industrializada abaixo do deserto do Saara, a IHS Markit prevê um crescimento marginal de 0,5% este ano, o que pode ser ainda reduzido devido aos ricos que a economia enfrenta.

“Pressões orçamentais, perturbações de eletricidade, fraca confiança dos empresários, incerteza sobre os direitos de propriedade, e elevadas taxas de juro” são algumas das dificuldades que a economia enfrenta, explicou o analista.

Por outro lado, concluiu, é possível que o crescimento seja ainda mais baixo que os 0,5% não só devido ao elevado nível da dívida pública do país, mas também pelo previsível corte do ‘rating’ pela Moody’s, ainda neste semestre.

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