A nova direção política do CDS, encabeçada pelo líder eleito no domingo, Francisco Rodrigues dos Santos, foi recebida pelo Presidente da República, terça-feira, no Palácio de Belém. A acompanhá-lo esteve Cecília Meireles, líder da bancada parlamentar, e três vice-presidentes da nova lista para a Comissão Política Nacional, Filipe Lobo d’Ávila (que integra agora a direção de Rodrigues dos Santos, depois de ter sido candidato à liderança no 28º Congresso) Miguel, Gomes Barbosa e Artur Leal de Lima.

O objetivo deste primeiro encontro, segundo Rodrigues dos Santos, foi transmitir ao Presidente da República que este novo CDS é uma “lufada de ar fresco” e está preparado para abrir um novo ciclo na política de forma a “recuperar a confiança dos portugueses”. Um discurso que, nas palavras do líder centrista, terá motivado “grande entusiasmo” do Presidente da República por esta nova configuração do CDS. Por concretizar ficou o apoio do partido centrista à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, apesar desse cenário estar “em cima da mesa” mas só depois de confirmada a intenção do Chefe de Estado.

Em declarações à imprensa, após a audiência, Rodrigues dos Santos confirma que a conversa tocou também nas propostas de alteração à lei do Orçamento do Estado, apresentadas na segunda-feira por Cecília Meireles, e que voltaram aqui a ser salientadas, como a entrada de 2500 novos efetivos para as forças de segurança, o recurso a consultas de especialidade no privado ou a redução de 0,5 pontos na taxa de cada um dos três escalões mais baixos do IRS.

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Questionado sobre o futuro político de Cecília Meireles – caso a líder do grupo parlamentar renunciasse, Rodrigues dos Santos entraria no parlamento – , o novo presidente do partido respondeu de forma vaga, tal como já o havia feito no Congresso centrista, este fim de semana em Aveiro, reconhecendo que o partido está “unido” e a sua direção quer “construir pontes e não muros” e tem uma “confiança inabalável” no grupo parlamentar. Ao contrário do Livre, “no CDS não há Joacines”, assegura Rodrigues dos Santos, que remete qualquer decisão sobre eventuais alterações no grupo parlamentar, ou outras questões políticas, para depois da votação do orçamento.

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