A UNICEF enviou seis toneladas de máscaras respiratórias e de vestuário de proteção para a China, em resposta ao surto do novo coronavírus que já causou pelo menos 132 mortos naquele país, anunciou esta quarta-feira a organização.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) precisou, num comunicado, que esta ajuda irá ser distribuída pelas equipas sanitárias da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei (centro), onde a nova estripe foi identificada pela primeira vez.

“Este coronavírus está a propagar-se a uma velocidade vertiginosa e é importante disponibilizar todos os recursos necessários para o travar”, disse a diretora-executiva da agência da ONU, Henrietta Fore.

Podemos não saber o suficiente sobre o impacto do vírus em crianças ou quantas podem estar afetadas, mas sabemos que uma vigilância e uma prevenção rigorosas são essenciais. O tempo não está do nosso lado”, acrescentou a líder da organização.

A UNICEF precisou que estas seis toneladas de ajuda foram enviadas para a China a partir do centro mundial de logística da agência da ONU localizado em Copenhaga (Dinamarca), garantindo que mais itens serão enviados nos próximos dias.

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A UNICEF indicou igualmente que mantém um contacto próximo com as autoridades chinesas, nomeadamente com o Ministério do Comércio e a Comissão Nacional de Saúde, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e com outras agências das Nações Unidas para monitorizar os desenvolvimentos e as necessidades à medida que a situação progride.

A agência também está a trabalhar com a OMS e outros parceiros para estabelecer uma resposta multissetorial coordenada na China e em outros países afetados pelo novo coronavírus.

A China elevou para 132 mortos e mais de 5.900 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan.

As quase 6.000 infeções confirmadas mostram que já foi ultrapassado na China o número de pessoas afetadas durante a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que atingiu 5.327 pessoas entre novembro de 2002 e agosto de 2003, segundo dados oficiais.

Esta quarta-feira, foi identificado um caso de contágio pelo novo coronavírus (2019-nCoV) nos Emirados Árabes Unidos, o primeiro detetado em países do Médio Oriente.

Além do território continental da China, foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália, Canadá, Alemanha, França e Emirados Árabes Unidos.