A Plataforma da Sociedade Civil para o Movimento Expandindo a Nutrição em Moçambique pediu esta quarta-feira ao Governo ações concretas no combate à desnutrição crónica, um problema que constitui “uma emergência nacional”.

A assistente técnica da Plataforma Civil para o Movimento Expandido a Nutrição defendeu uma intervenção mais incisiva do Estado, quando falava em Maputo no lançamento da segunda fase da “Campanha de Advocacia Geração Nutrição”.

Gostaríamos que este discurso [de combate à fome e à desnutrição] fosse materializado no atual Programa Quinquenal do Governo”, declarou Lígia Mutemba.

A desnutrição crónica em Moçambique é uma emergência nacional e constitui um problema de saúde pública, porque 43% das crianças com idade entre zero e cinco anos enfrentam esse problema, afirmou Mutemba.

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Todo o país, está mal, no geral, nenhuma das nossas províncias está com menos de 20% de taxa de desnutrição crónica e isso constitui uma emergência nacional e um problema de saúde pública”, enfatizou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável que a taxa de desnutrição crónica se situe abaixo de 20% para um país e uma emergência nacional acima de 39%. Quase metade das crianças moçambicanas não poderá atingir o seu pleno desenvolvimento cognitivo e físico e tem o futuro comprometido. Citando dados oficiais, a assistente técnica da Plataforma da Sociedade Civil para o Movimento Expandindo a Nutrição em Moçambique assinalou que 60% da população adulta moçambicana já foi afetada diretamente pela desnutrição crónica. Esse cenário, continuou, contribui para uma significativa perda no Produto Interno Bruto (PIB).

Lígia Manjate referiu que o fracasso na redução dos atuais níveis de desnutrição crónica vai impedir o país de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.