Os Estados Unidos aguardam luz verde do governo do Iraque para instalar sistemas antimíssil Patriot em bases usadas pelo exército norte-americano naquele país que têm sido alvo de ataques por mísseis iranianos, anunciou o Pentágono.

Em retaliação pelo recente assassínio do general Qassem Soleimani, em Bagdad, o Irão lançou 11 mísseis sobre a base aérea de Ain al-Assad e de Erbil, onde estão estacionados alguns dos 5.200 soldados norte-americanos no Iraque.

Nenhum soldado foi morto, mas dezenas foram vítimas de concussões devido à violência das explosões, e Washington quer agora proteger melhor essas bases, instalando sistemas de defesa antiaérea Patriot, compostos por radares e mísseis de alto desempenho, capazes de destruir um míssil balístico em pleno voo.

Esta quinta-feira, o secretário de Defesa, Mark Esper, disse que a instalação desses sistemas aguarda luz verde do governo iraquiano, que está dividido quanto à manutenção de forças dos EUA no país.

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“Precisamos da permissão dos iraquianos, este é um dos problemas”, disse Esper, explicando que o envio de sistemas Patriot envolve ainda a deslocação de um número significativo de soldados para garantir a sua operação.

Após a morte de Qassem Soleimani, o governo do Iraque condenou aquilo que designou por “ataque à sua soberania” e acusou a coligação internacional estacionada no país de “ter excedido o seu mandato”.

A coligação, formada em 2014 para lutar contra o grupo extremista Estado Islâmico — que capturou um terço do território iraquiano e grandes áreas da Síria — é liderada pelos Estados Unidos e reúne soldados de 76 países.

Em 5 de janeiro, o Parlamento iraquiano aprovou uma resolução a favor da partida de tropas estrangeiras do território, obrigando a uma suspensão de todas as operações militares norte-americanas e da NATO na região.