O Parlamento Europeu exigiu esta quinta-feira a adoção de regras comunitárias com “metas claras” para os Estados-membros da União Europeia (UE) reduzirem, nos próximos cinco anos, a disparidade salarial entre homens e mulheres, aumentando ainda a transparência nesta matéria.

Em causa está uma resolução esta quinta-feira aprovada com 493 votos a favor, 82 contra e 79 abstenções, na mini sessão plenária, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na qual os eurodeputados apelam a uma “estratégia ambiciosa para a igualdade de género” da Comissão Europeia, no âmbito da diretiva que deverá ser conhecida em março.

Saudando o compromisso já assumido pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, de implementação de um salário igual para trabalho igual, o Parlamento Europeu reivindica “metas claras” para os Estados-membros reduzirem a disparidade salarial nos próximos cinco anos, assegurando “que esses objetivos são tidos em conta nas recomendações específicas por país”. Ao mesmo tempo, os eurodeputados pedem “metas claras e processos de acompanhamento para promover a igualdade de género e medir os progressos alcançados na sua consecução”, bem como um aumento da transparência salarial.

Apesar de o princípio do salário igual por trabalho igual estar consagrado nos tratados da UE, as mulheres ainda ganham, em média, 16% menos do que os homens.

Acresce que as perdas económicas resultantes da disparidade de género no emprego ascendem a cerca de 370 mil milhões de euros por ano.

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