A candidatura de Umaro Sissoco Embaló, considerado vencedor das presidenciais da Guiné-Bissau pela Comissão Nacional de Eleições, divulgou esta terça-feira um comunicado com partidos e ex-candidatos à presidência a saudar o “desenlace pacífico e definitivo” do processo eleitoral no país.

O comunicado, com assinaturas, em forma de rubricas, com o carimbo e em papel timbrado do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), que suportou a candidatura de Sissoco Embaló, refere que partidos e figuras políticas guineenses apoiantes do candidatos “registaram com satisfação e sem surpresa a reconfirmação dos resultados eleitorais anunciados a 17 de janeiro”.

Esta posição surge sem que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) tenha divulgado ainda os resultados da reunião desta terça-feira, destinada a fazer um apuramento dos resultados da segunda volta das eleições presidenciais, realizada a 29 de dezembro.

A candidatura de Domingos Simões Pereira já anunciou que vai requerer ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a anulação das eleições presidenciais, alegando irregularidades por parte da CNE, caso este organismo “continue a não cumprir” o acórdão do Supremo para que faça um apuramento nacional dos resultados.

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Segundo os resultados, publicados a 17 de janeiro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) como sendo definitivos, Embaló venceu as eleições com 53,55% de votos e Domingos Simões Pereira, arrecadou o correspondente a 46,45% de votos.

No documento, os partidos e ex-candidatos que apoiaram Umaro Sissoco Embaló afirmam que a CNE cumpriu com as recomendações da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), mediadora da crise política guineense, realizando a verificação e consolidação dos resultados apurados nas Comissões Regionais de Eleições (CRE).

Dessa operação, frisa o comunicado à imprensa, “foi reconfirmada a vitória de Umaro Sissoco Embaló” na segunda volta das eleições presidenciais.

“As forças políticas apoiantes do Umaro Sissoco Embaló congratulam-se com o desenlace pacífico e em definitivo desta crise pós-eleitoral criada artificialmente pela recusa do candidato vencido em reconhecer os resultados” publicados pela CNE, refere a nota.

Os trabalhos esta terça-feira realizados pela CNE, por imposição da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO) para cumprir uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça ordenando o apuramento nacional dos resultados, foram criticados pela candidatura de Domingos Simões Pereira e elogiados pelos apoiantes de Umaro Sissoco Embaló, Presidente eleito do país por indicação do órgão eleitoral.