A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) advertiu esta terça-feira que os pacotes salariais dos trabalhadores de seis Estados-membros, entre os quais Portugal, são em média mais baixos do que há 10 anos, pelo que para eles “a crise não acabou”.

De acordo com os dados compilados pela CES, entre 2010 e 2019 os pacotes salariais ajustados à inflação (e incluindo contribuições para a Segurança Social e pagamentos de subsídios) desceram em média em seis Estados-membros, e em três outros países os salários permaneceram basicamente congelados na última década. Segundo a CES, em comparação com 2010 os pacotes salariais em 2019 eram 15% mais baixos na Grécia, 7% em Chipre, 5% na Croácia, 4% em Portugal e Espanha e 2% em Itália.

“Os trabalhadores em seis países da UE estão em piores condições do que há 10 anos. Os líderes da UE [União Europeia] gostam de falar na alegada retoma, mas a crise não acabou para milhões de trabalhadores em muitos Estados-membros”, comentou a secretária-geral adjunta da CES, Esther Lunch, que exorta assim a UE a “fazer muito mais para promover o aumento nos salários e nos salários mínimos” praticados na União.

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