A embaixada de São Tomé e Príncipe em Lisboa lançou esta terça-feira um processo de atualização das listas de doentes em tratamento em Portugal na sequência de queixas de atrasos no pagamento de apoios sociais.

Todos os doentes são-tomenses enviados por junta médica para Portugal “deverão apresentar, no prazo de dois meses, um relatório médico atualizado e um documento de identificação válido”, apelou esta terça-feira, em nota divulgada através das redes sociais, a representação diplomática são-tomense em Lisboa.

O objetivo é, segundo a mesma nota, atualizar a lista de doentes que beneficiam de subsídios sociais da embaixada, valores que variam entre os 40 e os 80 euros e se destinam a ajudar os doentes a custear despesas de transporte, medicamentos e por vezes alimentação.

A medida surge depois de, na semana passada, durante um encontro com o embaixador são-tomense em Lisboa, António Quintas do Espírito Santo, vários doentes se terem queixado de atrasos no pagamento dos referidos apoios sociais por parte de São Tomé e Príncipe.

No encontro, em que participaram cerca de uma centena de doentes, houve ainda denúncias de casos de pessoas que já tiveram alta e continuam a receber os referidos subsídios.

Na altura, em declarações à agência Lusa, António Quintas classificou a situação dos cerca de 2.600 doentes são-tomenses em tratamentos em Portugal, a maioria a fazer hemodiálise e em tratamentos oncológicos, como “caótica” e reconheceu que, desde 2015, tem havido atrasos “consideráveis” no pagamento dos subsídios.

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