O Conselho Superior de Defesa Nacional foi esta quarta-feira informado sobre a situação político-militar no Iraque e sobre os desenvolvimentos e decisões relativos à força nacional destacada neste país, a cerca de 50 km de Bagdade.

Esta informação consta de um comunicado divulgado no final da reunião desta quarta-feira deste órgão consultivo, realizada no Palácio de Belém, em Lisboa, no qual não são anunciadas quaisquer decisões.

Segundo o comunicado, o Conselho Superior de Defesa Nacional reuniu-se, sob a presidência do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, “para se inteirar sobre a situação político-militar no Iraque, nomeadamente, no que respeita aos desenvolvimentos e decisões para as forças nacionais destacadas”.

“O Conselho foi informado sobre o ponto de situação das forças nacionais destacadas, com especial destaque para a presença e atividades em curso na região da África subsaariana“, lê-se no mesmo comunicado.

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Na semana passada, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, admitiu a possibilidade dos militares portugueses em missão no Iraque regressarem mais cedo, caso não seja retomado o programa de formação militar naquele país, que está suspenso.

Estamos agora, e nas próximas semanas, em consultas estreitas com os nossos aliados e parceiros para ver se há condições para retomar a formação. Se não houver, não há fundamento para a missão continuar e, nesse caso, regressam”, assumiu.

De acordo com o ministro da Defesa Nacional, se for possível retomar a formação, os militares portugueses continuam com a sua missão no Iraque.

“Neste momento, ainda há muito fluxo na análise da situação, há alguma volatilidade e incertezas. Vamos aguardar até que a situação estabilize para podermos tomar uma decisão sobre o regresso antecipado dos militares ou a sua continuidade“, sublinhou.

Sem adiantar datas, João Gomes Cravinho disse que a tomada de decisão pode durar, aproximadamente, uma ou duas semanas, “atendendo àquilo que é o período [de missão] do contingente”, que saiu em novembro e estava previsto regressar em maio.