O campeão Benfica tem no sábado uma soberana oportunidade para “acabar” com a edição 2019/20 da I Liga portuguesa de futebol, num “clássico” da 20.ª jornada em que o FC Porto, no “conforto” do Dragão, tenta relançar-se.

Os encarnados chegam com mais sete pontos do que os azuis e brancos, algo que nunca haviam conseguido após 19 rondas na “era” três pontos (desde 1995/96), já que só não ganharam precisamente na receção aos vice-campeões, à terceira ronda. Então, em 24 de agosto de 2019, o FC Porto foi “soberano”, vencendo na Luz por 2-0, com tentos de Zé Luís e Marega, mas, nos outros jogos, desperdiçou 10 pontos (1-2 em Barcelos, 1-1 no Funchal, 1-1 no Jamor e 1-2 na receção ao Sporting de Braga).

O Dragão decide, assim, se o campeonato fica, praticamente, fechado, com a diferença a subir para 10 pontos, ainda muito bem encaminhado para os detentores do título, caso se mantenham os sete, ou relançado, com os vice-campeões a quatro pontos. Certo é que, independentemente do resultado, o Benfica vai sair na frente, a 14 rondas do fim, ainda com margem para gerir e sabendo que, “imitando” a primeira volta, revalidará o título, sem que o FC Porto o possa evitar.

Nas suas mãos, para fazer mossa nos encarnados, o onze de Sérgio Conceição apenas tem este jogo e, do seu lado, está o fator casa, que, historicamente, lhe dá quase 60% de hipóteses de ganhar, bem como a memória do jogo da primeira volta.

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O conjunto de Bruno Lage perdeu em 24 de agosto, mas ainda deve recordar-se, também, do marcante triunfo da época passada no Dragão (2-1, numa reviravolta selada com tentos de João Félix e Rafa), decisivo na resolução do título.

Os encarnados pontuaram, aliás, nas últimas três visitas ao Dragão — empates a um em 2016/17 e a zero em 2017/18 – e chegam com registos impressionantes: 16 triunfos consecutivos na prova e o pleno de vitórias fora, extensivo a toda a ‘era’ Lage (18 em 18), incluindo duas em Alvalade e Braga e uma no Dragão. A equipa da Luz ostenta também o ataque mais concretizador (47 golos marcados, contra 41 do FC Porto) e a defesa menos batida (oito sofridos, contra 12 dos dragões), num registo recorde absoluto de 54 pontos (em 57 possíveis) à 19.ª jornada.

Os campeões nacionais estão, assim, na “pole” para novo título, o segundo seguido e sexto em sete anos, também porque ainda aproveitaram o mercado invernal para se reforçarem, e bem, com o médio alemão Julian Weigl e o avançado Dyego Sousa. Sem dinheiro no cofre, os azuis e brancos não o puderam fazer, mas conseguiram manter os seus jogadores mais categorizados.

Para sábado, o FC Porto deve apresentar um onze semelhante ao que, no passado fim de semana, goleou por 4-0 em Setúbal e que descansou, quase na totalidade, na terça-feira, no empate 1-1 em Viseu, para a primeira mão das “meias” da Taça de Portugal. Ainda assim, Sérgio Conceição tem mais apetência para mexer do que Lage, sendo que é possível o regresso do central Pepe, o que relegaria para o banco o congolês Mbemba.

Os dragões poderão entrar com Marchesín na baliza, uma defesa com Manafá, Pepe, Marcano e Alex Telles, um meio-campo com Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio, este a aparecer no apoio ao ponta de lança, e um ataque com Corona e Luis Díaz, nos extremos, e Soares.

Por seu lado, e após os trabalhados triunfos sobre Belenenses SAD (3-2) e Famalicão (3-2), este último com poupanças, na terça-feira, para a Taça, o Benfica deve regressar à equipa base que tem apresentado nos derradeiros jogos no campeonato. A única dúvida estará no meio-campo, com Bruno Lage a ter de escolher dois jogadores entre Gabriel, Taarabt e Weigl, que falhou o embate da Taça devido a “infeção respiratória”. O Benfica atuará, previsivelmente, com André Almeida, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo, à frente de Vlachodimos, os médios centrais Gabriel e Taarabt (ou Weigl), Pizzi e Cervi nos extremos e Rafa nas costas de Vinicius.

O encontro entre o FC Porto e o Benfica, da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, está marcado para sábado, a partir das 20h30, no Estádio do Dragão, no Porto.