O Centro Hospitalar do Oeste (CHO) quer reter doentes de saúde mental que têm de ser internados noutros hospitais e vai lançar obras na unidade de Peniche para aí criar uma ala de internamento, foi esta quinta-feira anunciado.

A presidente do conselho de administração do CHO, Elsa Baião, disse à agência Lusa que, por ano, são internados nos hospitais de Lisboa cerca de 165 doentes de saúde mental, por falta de internamento psiquiátrico nos hospitais da região Oeste.

No final de 2018, foi lançado um concurso de 230 mil euros para obras no hospital de Peniche com esse intuito. Contudo, “o procedimento ficou deserto”, explicou a gestora, adiantando que o atual conselho de administração “retomou o processo”, no sentido de rever os preços da empreitada, e “está a aguardar as autorizações necessárias”. Ultrapassada essa fase, tenciona voltar a lançar este ano um concurso de 500 mil euros.

As obras vão ser efetuadas na antiga enfermaria do hospital de Peniche. “As obras não são relevantes e vai ser possível adaptar e criar 15 camas de internamento, que são fundamentais para a região ao evitarem que os doentes de saúde mental sejam transferidos para Lisboa quando precisam de ser internados”, explicou Elsa Baião.

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Se o serviço de Psiquiatria e respetivo internamento vão no futuro ficar localizados do hospital de Peniche, já as consultas “terão sempre de existir nos três hospitais, porque é uma resposta básica de proximidade”, esclareceu a administradora.

A consulta de Psiquiatria já existe na unidade de Caldas da Rainha e está a ser implementada na de Torres Vedras.

O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e Peniche e serve cerca de 300 mil habitantes daqueles três concelhos, assim como de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).