A Economist Intelligence Unit (EIU) considerou este sábado que Moçambique vai precisar de um aumento da ajuda internacional devido à insegurança alimentar que irá acentuar-se este ano devido ao agravamento das assimetrias nas condições climatéricas.

“Apesar do crescimento de 4,2% previsto para este ano, principalmente devido aos esforços de reconstrução e à atividade da construção, prevemos que o setor agrícola continue fraco, no seguimento do impacto dos ciclones e devido à situação de seca atual”, escrevem os peritos da unidade de análise da revista britânica The Economist.

Numa nota sobre a economia do país, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que “a perspetiva para o setor agrícola é agora mais pessimista devido à continuação da seca nalgumas partes do país, enquanto outras regiões enfrentam chuvas e inundações”. Assim, afirmam, “a insegurança alimentar em vastas partes do país vai aumentar, o que implica um aumento da ajuda alimentar internacional”.

A EIU prevê um crescimento de 4,2% para este ano, uma aceleração face aos 1,9% registados no ano passado, mas alerta que na próxima atualização da análise da economia moçambicana, este valor pode ser revisto em baixo devido às condições climatéricas e ao seu impacto na agricultura, a principal fonte de subsistência para a maioria dos moçambicanos.

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