As grandes cidades têm graves problemas com a qualidade do ar que se respira. A quantidade de poluentes depende da quantidade de veículos em circulação, da fluidez do trânsito e igualmente das condições atmosféricas, sendo indiscutível que a concentração de elementos nocivos como partículas, óxidos de azoto, enxofre e hidrocarbonetos, entre outros, provoca doenças do foro respiratório e de coração aos habitantes.

Em todas as grandes urbes há muitos mais veículos particulares do que unidades ao serviço dos transportes públicos, mas estes últimos circulam durante um número mais alargado de horas, por vezes durante todo o dia, o que eleva o seu potencial poluente. Daí que importe realizar um esforço para, em paralelo com os automóveis ligeiros e veículos comerciais, reduzir a emissão de matérias poluentes para a atmosfera dos táxis e autocarros.

Para responder a esta necessidade, o Governo alemão, que já tinha alocado anteriormente 350 milhões de euros para a aquisição de autocarros eléctricos, obteve agora a aprovação, por parte da Comissão Europeia, para investir mais 300 milhões de euros no incremento da frota de veículos de transporte colectivo não poluentes, elevando para 650 milhões de euros o valor total que vai ser investido em autocarros eléctricos. Paralelamente, esta medida deverá ser recebida com agrado pela indústria, pois a maioria – se não a totalidade – dos veículos será proveniente de produção local.

O investimento público agora aprovado irá ser aplicado até 2021, tanto em infraestruturas de recarga como em autocarros, com estes a serem sobretudo fabricados pela Daimler, grupo de que a Mercedes faz parte, e pela MAN e Scania, ambas integradas no Grupo Volkswagen.

A Alemanha não especifica se estes autocarros eléctricos vão armazenar a energia em baterias, recarregáveis através de uma ligação à rede eléctrica nacional, ou se a produzem internamente, com recurso a uma célula de combustível a hidrogénio.

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