Uma nova área de controlo de chegadas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa entrou esta segunda-feira em funcionamento, destinada essencialmente aos voos do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Croácia.

Segundo o SEF, neste novo espaço do Aeroporto Humberto Delgado foram colocadas sete posições de controlo de passageiros, duas das quais “e-gates” para controlo automatizado de fronteira, que pretendem reduzir as filas de espera e assegurar “um mais rápido controlo” na chegada dos passageiros.

O SEF escolheu um voo proveniente do Reino Unido para assinalar a entrada em funcionamento destes equipamentos eletrónicos, numa cerimónia em que marcaram presença o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, o presidente do conselho de administração da ANA – Aeroportos de Portugal, José Luís Arnault, e a diretora do SEF, Cristina Gatões.

A diretora do SEF explicou aos jornalistas que a nova área vai permitir o processamento de 700 passageiros por hora e cerca de 30 voos por dia. Estes sete equipamentos eletrónicos fazem parte dos 49 “e-gates” de nova geração que o SEF adquiriu e que vão entrar em funcionamento nas próximas semanas nos aeroportos de Faro e Madeira e que permite processar “de forma mais célere a leitura dos passaportes com dados biométricos”. Para o Porto também está prevista a entrada em funcionamento deste sistema, mas ainda não há data.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Esta resposta tecnológica vale cerca de cinco milhões de euros de investimento público em 49 novas posições de controlo eletrónico”, disse aos jornalistas o ministro da Administração Interna, adiantando que a maior colocação destas estruturas vai acontecer no aeroporto do Porto, num total de 16 novas unidades, devido ao seu crescimento.

Eduardo Cabrita explicou que estes novos equipamentos inserem-se na “melhoria das condições do aeroporto de Lisboa”, frisando que há dois anos desenvolveu um plano de ação que foi apresentado à ANA e que determinava “um conjunto de alterações que eram necessárias nos aeroportos portugueses para melhorar as condições de receção de passageiros oriundos de espaço não Schengen”. O ministro destacou que uma dessas respostas tem sido também o recrutamento de inspetores para o SEF, considerando que foi “o maior desde 2005”.

Eduardo Cabrita enalteceu ainda a “capacidade de resposta” que os inspetores do SEF têm dado ao crescimento do número de passageiros. Segundo o governante, o número de passageiros controlados pelo SEF no aeroporto de Lisboa passou de cerca de 10 milhões em 2015 para 18 milhões em 2019.

Por sua vez, o presidente do conselho de administração da ANA afirmou aos jornalistas que esta nova área “vai seguramente ajudar a melhorar o problema das filas na entrada do aeroporto de Lisboa na área de controlo de fronteiras”. Ressalvando que a questão das filas no controlo de fronteiras é da responsabilidade do SEF e não da ANA, José Luís Arnault reconheceu que esta situação “é de facto um problema” que tem sido melhorado. No entanto, precisou que esta situação persiste e, como exemplo, referiu que, no mês de janeiro, registou-se “uma média de uma hora e sete minutos de espera nas horas de ponta”. “Estamos confiantes que com estes melhoramentos e novas tecnologias e com estes investimentos que se possa contribuir para diminuir a situação, que é uma situação que não deixa ninguém contente”, disse ainda.