O clássico entre FC Porto e Benfica, disputado na noite de sábado, terminou por volta das 22h30 dentro de campo mas foi prolongado nos dias seguintes por ambos os clubes, numa troca acesa de palavras e acusações que teve o seu ponto mais alto esta segunda-feira, com declarações de Luís Filipe Vieira, presidente dos encarnados, antes da viagem para o Norte onde a equipa joga hoje como Famalicão, prontamente ripostadas por Francisco J. Marques, diretor de comunicação dos azuis e brancos, na sua conta oficial do Twitter. No entanto, e como se percebe agora, este não é o único duelo na Primeira Liga e também o terceiro lugar se “discute” fora de campo.

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O Sp. Braga, que na última noite teve a habitual Gala Legião de Ouro, criticou de forma aberta o Sporting esta terça-feira em comunicado, alegando que os responsáveis verde e brancos continuam a ter um discurso apelidado de “vitimização” quando são “a equipa mais favorecida nos últimos anos”, ao mesmo tempo que apresentou um quadro com a “Classificação da Verdade” onde os leões deveriam estar agora no sétimo lugar da Liga.

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“Depois de uma semana de intenso ‘ruído’, o futebol português tinha esta jornada uma excelente oportunidade para demonstrar que tem uma arbitragem impermeável e indiferente perante as pressões exercidas. Por confiar nas estruturas e nas suas lideranças, o Sp. Braga aguardou que assim acontecesse, optando por não contribuir para o alvoroço, até por ser risível a tentativa de criar na perceção pública uma imagem de favorecimento à equipa que é apontada pela própria comunicação social como sendo a mais prejudicada ao longo do campeonato. É inconcebível que o discurso de vitimização prevaleça perante todas as evidências e se prolongue no tempo porque o estatuto do Sporting enquanto clube mais favorecido pelas arbitragens vem de épocas anteriores e contrasta claramente com a propaganda do clube e com a estratégia do ‘ruído’ na qual os seus dirigentes e comentadores se especializaram ao longo dos anos”, começam por referir os minhotos em comunicado no site.

“O ruído mais não é do que um manto sonoro que pretende encobrir os factos e camuflar as evidências. E as evidências, expressas pelos especialistas nas televisões e na Imprensa, dizem que o Sp. Braga é a equipa mais prejudicada pelas arbitragens e que, portanto, a classificação atual está desvirtuada, conforme análise nos quadros infra”, prossegue, apresentando dados que dão o Sporting com 31 pontos e não os 35 que tem agora, assim como os arsenalistas com 41 pontos e não os 34 de atualmente (ao mesmo tempo que acrescenta nesse mesmo quadro que o Famalicão devia ter mais um ponto e que o V. Guimarães deveria ter mais três pontos).

Luís Neto, o escritor que pegou na caneta mas deixou o novo capítulo a meio (a crónica do Sp. Braga-Sporting)

“Erros claros de arbitragem lesaram o Sp. Braga em sete pontos, resultantes de más avaliações no Sporting-Sp. Braga, no V. Setúbal-Sp. Braga, no Sp. Braga-Famalicão, no Sp. Braga-P. Ferreira e no Sp. Braga-Gil Vicente. Em sentido inverso, o Sporting foi beneficiado no jogo da primeira volta contra o Sp. Braga, onde para além do pénalti por assinalar sobre Ricardo Horta se verificou uma gestão disciplinar que, essa sim, deveria fazer muitos dirigentes e comentadores sair em defesa da verdade desportiva, sendo até irónico o tumulto levantado há uma semana por um eventual excesso de amarelos (a maior parte por protestos) quando à segunda jornada não se manifestou uma única voz perante os excessos cometidos pelos jogadores leoninos e nomeadamente pelo seu capitão”, refere, apontando ao pormenor os lances onde se considerou prejudicado nos encontros mencionados.

Mathieu, o pai de família que virou a mesa de jantar e é exemplo de tudo o que corre mal (a crónica do Sp. Braga-Sporting)

“O Sp. Braga é a equipa que mais remata na Liga NOS e está no topo da tabela nos vários índices ofensivos. Estranhamente, é de longe a equipa do primeiro terço da classificação com menos pénaltis assinalados a favor (apenas um). Estes factos, quando isolados do ruído e das manobras de distração, deveriam dar que pensar, sob pena de sobrar uma verdade desportiva que tem razão a menos e decibéis a mais”, concluiu o comunicado.

Bruno e Wendel, um português e um brasileiro que se juntam e fazem um avançado (a crónica do Sporting-Sp. Braga)