A contribuição anual da Câmara Municipal de Lisboa para a associação que tutela a Orquestra Metropolitana irá aumentar para 1,15 milhões de euros, um acréscimo de 25 mil euros por ano justificado pela “diminuição significativa da receita” daquela entidade.

A proposta para aumentar a contribuição anual da autarquia para a Associação Música, Educação e Cultura — O Sentido dos Sons (AMEC) que, além da Orquestra Metropolitana de Lisboa, gere a Academia Nacional Superior de Orquestra, o Conservatório de Música da Metropolitana e a Escola Profissional Metropolitana, é subscrita pela vereadora responsável pelos pelouros da Cultura e das Relações Internacionais, Catarina Vaz Pinto, e será discutida na reunião privada do município agendada para quinta-feira.

A contribuição anual da Câmara Municipal de Lisboa, ora proposta, totaliza o valor de 1.150.000,00 Euro (um milhão cento e cinquenta mil euros), o que representa um acréscimo de 25.000,00 Euro (vinte e cinco mil euros)”, lê-se na proposta.

No texto é recordado que a Câmara de Lisboa é “associado fundador da AMEC”, tendo ficado estabelecido em 2015 que, tal como os outros associados fundadores, prestaria à associação uma contribuição anual de 1,125 milhões de euros, efetuada em prestações trimestrais. Este acordo esteve em vigor até 31 de dezembro de 2019.

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“As atividades da AMEC são financiadas essencialmente pelas contribuições dos associados, de entre os quais se destacam, os associados fundadores”, é referido da proposta subscrita por Catarina Vaz Pinto. Contudo, é acrescentado, “a diminuição significativa da receita da AMEC tem vindo a prejudicar o equilíbrio financeiro da associação“, reconhecendo-se no acordo estabelecido em 2015 “por um lado, o elevado mérito da ação educativa e cultural desenvolvida pela AMEC e, por outro, a necessidade de estabilização das condições do seu suporte financeiro, de modo a garantir a sustentabilidade económica e material indispensável à prossecução dos seus relevantes objetivos”.

Na adenda ao acordo de 2015 que os associados fundadores deverão agora outorgar, é salientado que estes “reconhecem a qualidade do trabalho desenvolvido pela AMEC nos últimos anos, com especial destaque para o, sempre difícil, equilíbrio entre o cumprimento de missão da AMEC dentro de elevados padrões de qualidade, ao nível cultural e pedagógico, e a gestão racional e rigorosa dos recursos disponíveis”. Assim, após um processo negocial com vista à revisão das contribuições dos associados fundadores, foi acordado o aumento da sua contribuição anual a partir de 2020 e até ao final de 2024.

Além da Câmara de Lisboa, são “associados fundadores” da AMEC o Governo e o Turismo de Portugal.

A AMEC tem desde o final do ano passado um novo diretor executivo, Miguel Honrado. Ex-administrador do Centro Cultural de Belém, Miguel Honrado, sucedeu António Mega Ferreira, que desempenhou funções entre 2013 e 2019 e cessou o mandato a seu pedido.