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O sorriso de Nakajima no aquecimento são os olhos de Sérgio no jogo (a crónica do FC Porto-Ac. Viseu)

Este artigo tem mais de 4 anos

Nakajima voltava à titularidade mais de um mês depois mas sofreu um toque no aquecimento. Queixou-se, andou a coxear, recuperou e foi dos melhores no triunfo do FC Porto frente ao Ac. Viseu (3-0).

Nakajima sofreu um toque no aquecimento, recuperou e foi um dos melhores no triunfo do FC Porto frente ao Ac. Viseu
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Nakajima sofreu um toque no aquecimento, recuperou e foi um dos melhores no triunfo do FC Porto frente ao Ac. Viseu

Nakajima sofreu um toque no aquecimento, recuperou e foi um dos melhores no triunfo do FC Porto frente ao Ac. Viseu

Renitente 1, renitente 2… comprado. Sérgio Conceição ainda se escudou a voltar a falar do clássico com o Benfica no Campeonato mas tantas vezes as perguntas bateram à porta que as respostas lá apareceram e de várias formas e feitios. “Quando se fala do jogo jogado, penso que a opinião é unânime em considerar o FC Porto a equipa mais forte. Fomos muito mais fortes do que o adversário, mais intensos, melhores estrategicamente”, disse. “Foi sem espinhas, não digo limpinho mas foi sem espinhas”, acrescentou. “Nós estamos habituados a superiorizarmo-nos ao Benfica e foi o que aconteceu no último jogo. Não temos de pedir desculpa, pois não?”, reforçou. Três ideias com o mesmo objetivo, três maneiras de abrir uma janela para a recuperação do ADN da equipa.

FC Porto vence Ac. Viseu por 3-0 e defronta Benfica na final da Taça de Portugal

“Ouço muitas vezes o Bruno Lage dizer, e dizer bem, que quem quiser ganhar ao Benfica tem de correr mais do que o Benfica. Estou totalmente de acordo, 90% das equipas que correm mais e ganham mais duelos depois acabam por vencer. Nós corremos mais três quilómetros do que o adversário. Falar de um lance bem apitado ou menos bem apitado, de uma decisão melhor ou pior, isso já é querer tapar o sol com a peneira”, destacou, a propósito de toda a polémica em torno do clássico, com várias queixas dos encarnados que também foram merecendo resposta dos azuis e brancos. Mais do que ressalvar o mérito do triunfo, Sérgio Conceição quis puxar dos galões da versão do FC Porto que mais quer: a correr mais, a ganhar mais segundas bolas, a ser mais intenso, a querer mais do que os seus adversários. E esse era também o mote para a receção dos dragões ao Ac. Viseu.

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O técnico azul e branco garantiu que não estava a fazer bluff quando disse que escolheria aquele que considerava o melhor onze mediante o estado físico dos atletas e a importância das características dos jogadores para o plano estratégico preparado. Pode não ter feito mas, neste caso, os baralhos eram diferentes: para quem pensava que existiriam alterações quase de circunstância, Sérgio Conceição acabou por mexer em todos os setores, mantendo somente quatro elementos em relação ao clássico com o Benfica. Um número que podia ter sido idêntico ou menor no período de aquecimento, quando Nakajima sofreu um toque e ainda teve queixas algum tempo.

O japonês acusou o toque. Primeiro com um esgar de dor, depois com um sorriso para os companheiros. Queixou-se, ainda coxeou mas depois, por gestos, foi explicando a Zé Luís e Luis Díaz o lance onde tinha involuntariamente sofrido o toque. Voltou ao aquecimento com a equipa, ficou até ao final, foi a jogo, fez os 90 minutos. Sempre com aquele sorriso nos lábios. Nakajima tem gosto em jogar futebol e voltou a ser um dos melhores a fazer aquilo que mais gosta num FC Porto que acelerou de quando em vez na regra dos serviços mínimos para vencer o Ac. Viseu e garantir a qualificação para a final da Taça de Portugal, naquele que foi o 300.º triunfo dos azuis e brancos na prova. Esse sorriso, mesmo depois da adversidade, são os olhos de como Sérgio quer ver a equipa até ao final da época. Porque foram os olhos que viram o tal jogo no clássico que mereceu tantos elogios.

Ficha de jogo

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FC Porto-Ac. Viseu, 3-0 (4-1 no agregado)

2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)

FC Porto: Diogo Costa; Wilson Manafá, Mbemba, Marcano, Alex Telles; Uribe (Sérgio Oliveira, 59′), Vítor Ferreira; Corona (Romário Baró, 76′), Luis Díaz (Marega, 70′), Nakajima e Zé Luís

Suplentes não utilizados: Marchesín, Saravia, Aboubakar e Soares

Treinador: Sérgio Conceição

Ac. Viseu: Ricardo Fernandes, Rui Silva, Pica, Mathaus, Jorge Miguel; Kelvin (Diogo, 72′), João Oliveira, Fernando Ferreira (Carter, 72′), Luisinho (Bruninho, 79′); João Mário e Patric

Suplentes não utilizados: Janota, Filipe, Lucas e Latyr

Treinador: Rui Borges

Golos: Alex Telles (19′, g.p.), Zé Luís (64′) e Sérgio Oliveira (72′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Pica (10′), Kelvin (31′), Fernando Ferreira (40′) e Diogo Leite (80′)

Foi do japonês que saiu a primeira ação ofensiva a mexer com a monotonia vivida no Dragão, aproveitando um lance de Luis Díaz a fazer a diagonal da esquerda para o centro que deixou a bola mais para a frente para visar a baliza de Ricardo Fernandes, ganhando um canto (7′). Pouco depois, numa arrancada onde recebeu entre linhas, virou-se para a baliza e seguia uma marcha com perigo, foi “placado” por Pica e tirou o primeiro amarelo do jogo ao capitão dos viseenses (10′). Os visitantes não conseguiam ter a mesma capacidade de saída em transições mas iam dificultando a vida aos azuis e brancos, que criavam apenas situações de remate em bolas paradas como aconteceu com Diogo Leite no primeiro quarto de hora. Dos cantos e livres passou-se depois para o penálti (19′).

Num lance contestado pelos visitantes e em que Manuel Oliveira e o VAR tiveram de analisar mais a intensidade da ação do que propriamente a ação em si (a mão de Mathaus empurra Zé Luís, a avaliação foi sobre a força suficiente ou não para derrubar o avançado portista), Alex Telles marcou pelo terceiro jogo consecutivo aquele que foi já o seu nono golo da temporada e colocou os dragões na frente. O que, em condições normais, serviria como uma espécie de desbloqueador de uma conversa que estava arrastada e molengona. No entanto, até foi o Ac. Viseu a mostrar-se mais nos minutos que se seguiram do que o FC Porto a ter a iniciativa para fechar a meia-final.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do FC Porto-Ac. Viseu em vídeo]

Com João Mário a ser mais uma vez o elemento a destacar-se mais entre os viseenses pela capacidade de acelerar o jogo e ganhar em velocidade quando explorava a profundidade, o conjunto de Rui Borges ainda teve duas jogadas com cruzamentos para zona de ninguém que tiveram o condão de animar a bancada do Dragão que tinha cerca de mil adeptos até Sérgio Conceição levantar um pouco mais a voz, deixar um alerta à equipa que via Vítor Ferreira crescer no meio-campo sem prolongamento no ataque e ver duas grandes oportunidades nos minutos finais antes do intervalo, ambas de Zé Luís (43′) já depois de um remate perigoso do colombiano Luis Díaz (34′). Antes, para não variar, Nakajima tentou através um lance individual mas a bola foi às malhas laterais (29′).

O segundo tempo começou com os mesmos jogadores mas características bem distintas. O que mudou então? A velocidade, a verticalidade e a profundidade do jogo dos azuis e brancos, que ainda sofreram um susto numa boa saída do Ac. Viseu pela direita com grande corte de Mbemba ao segundo poste antes de partirem para um final de encontro convincente e que arrumou cedo a questão: já depois dos avisos de Luis Díaz e Zé Luís, e no minuto a seguir ao único momento em que Corona se conseguiu destacar em todo o encontro vendo Ricardo Fernandes evitar o 2-0, o avançado cabo-verdiano aproveitou da melhor forma uma assistência de Alex Telles com um cruzamento da direita para aparecer ao primeiro poste e desviar de cabeça antes da validação do VAR (64′).

O segundo golo foi um golpe duro para o Ac. Viseu, o terceiro, apenas oito minutos depois e na sequência de duas substituições feitas por Rui Borges antes de um canto, acabou de vez com a questão. E foi um golo com contornos diferentes a nível de VAR: o desvio de Sérgio Oliveira ao segundo poste de cabeça foi inicialmente anulado pelo árbitro assistente mas o visionamento das imagens, bem como o desenho das linhas de fora de jogo, inverteram a decisão (o médio estava em posição legal por 72 centímetros). Num ritmo mais de gestão mas com dois golos em oito minutos que definiram a partida, o FC Porto confirmou o favoritismo frente aos viseenses e vai marcar presença na sua 31.ª final da Taça de Portugal, a décima frente ao Benfica (a quem só ganhou uma vez).

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