Na Índia, o buzinar é um hábito enraizado que eleva de forma considerável o ruído ambiente. Seja porque o sinal luminoso fica verde e o condutor da frente não arranca que nem uma flecha, qual Lewis Hamilton para o Grande Prémio do Mónaco, ou porque o carro da frente não espevita o andamento para tentar alcançar o semáforo ainda verde ao fundo da rua, alguns condutores têm o (péssimo) hábito de buzinar. Daí que os responsáveis pelo trânsito indianos, numa tentativa de poupar os ouvidos alheios, recorressem a uma tecnologia que castiga os adeptos dos apitos.

Em Bombaim habitam 20 milhões de pessoas, muitas delas com carro, que utilizam para se deslocar dentro da cidade. Os congestionamentos do trânsito são monumentais, o que gera grandes problemas em matéria da qualidade do ar que se respira, mas também do imenso ruído. Se o primeiro problema está a ser tratado, ainda que de forma lenta, como impõe a economia do país, a solução para o excesso de buzinadelas é bem mais simples e barata.

As autoridades locais equiparam os semáforos com sensores de ruído. Assim que há um pico, ou vários, consonante o número de condutores que decidam carregar na buzina, o semáforo passa de imediato a vermelho. Ou, estando vermelho, aí permanece durante mais um ciclo. Na prática, funciona como os sensores de velocidade, que levam os semáforos a passar a vermelho se detectarem um veículo a circular acima do limite permitido.

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