A equipa técnica de Fernando Santos, aos comandos da seleção nacional desde 2014, celebrou um contrato de prestação de serviços com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) através de uma empresa chamada Semacosa. Trata-se de uma empresa de direito português com sede fiscal em Cascais.

Quer a FPF, quer Fernando Santos confirmaram ao Correio da Manhã, que avança a notícia na edição deste sábado (link para assinantes), que o contrato assinado foi alvo de uma ação inspetiva da Autoridade Tributária em 2018 mas acrescentam não foram notificados de qualquer irregularidade.

Fernando Santos justificou a opção contratual seguida com o facto de, à data da assinatura do contrato, ter residência “pessoal e fiscal na Grécia” e porque ainda estava suspenso pela FIFA. Recorde-se que Santos foi castigado enquanto selecionador grego por “conduta antidesportiva para com os árbitros”, depois de ter sido expulso durante um jogo do Mundial de 2014.

Os contratos acordados entre a FPF e a Semacosa abrangem também o treinador de guarda-redes Fernando Justino, o preparador físico João Carlos Costa e os observadores Ricardo Santos e Jorge Rosário — os restantes membros da equipa técnica do selecionador nacional.

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“A Semacosa, Lda, tem sede em Cascais. É um firma que eu já tinha em Portugal. O IRC é pago pela empresa e o IRS é pago por mim e pelos meus adjuntos individualmente. Ou seja, todos os meus impostos e os dos meus adjuntos são pagos em Portugal. Quando estive na Grécia eram pagos na Grécia”, explicou o selecionador nacional ao Correio da Manhã.

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