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Uma casa Audaz com cocktails e comida portuguesa para todos os gostos

Este artigo tem mais de 4 anos

O novo projeto do chef Manuel Lino mora na zona de Campo de Ourique, em Lisboa, e prova que pézinhos de coentrada, bochecha de vitela ou orelha de porco também podem ser servidos em sítios com pinta

4 fotos

A História

Quantas vezes já não nos questionámos sobre coisas como :”Dava mesmo jeito que houvesse sítio X, não era?” ou “Porque não há mais coisas Y?” Foi de um exercício desse género que surgiu a ideia para o novo Audaz, primogénito do recém-criado Grupo Osande que, garante Mauren Faria (Head of Marketing da empresa), “pretende apostar em várias áreas de negócio”, não só na restauração.

“Lisboa tem crescido muito em termos de oferta [na área da restauração] mas mesmo assim sentimos que faltavam espaços mais versáteis, onde tanto fosse possível sair do trabalho, beber um copo e ficar nesse mesmo sítio para jantar; ou só beber qualquer coisa depois do jantar.”, explica a mesma Mauren. Vai daí que desta inquietação nasceu o Audaz, proposta que tanto quer ser espaço agradável para beber um copo como para comer bem.

O Espaço

“Os cãezinhos adoram o nosso Osório, não conseguem passar por ele e não parar e olhar”, conta Muren. Lendo isto só assim deixa no ar um certo suspense. Quem será este Osório e o que tem ele de tão especial? Simples: É um cão de loiça totalmente vermelho que fica logo à entrada deste novo espaço. “Ninguém percebe bem porquê, mas os animais ficam fascinados com ele!”, completa a responsável pelo marketing, entre risos. A estatueta é chamativa — mora no Audaz porque representa um pouco do seu espírito, pegar no tradicional e dar uma roupagem nova — mas o espaço que se lhe segue fica ainda mais na retina.

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O chef Manuel Lino é que comanda a vertente gastronómica deste Audaz. Rita Pinto

Com luzes a meio tom e alguns focos mais fortes (nunca demasiado), a sala de refeições estende-se ao comprido, formando um retângulo perfeito de paredes acinzentadas e com um ocasional pormenor em madeira clara. Tudo tem uma patine meio industrial/cool (que continua a estar na moda) e é ao fundo de tudo que mora a parte visualmente mais chamativa. Não, não é o estiloso bar de cocktails mas sim o enorme mural que aparece atrás da zona onde morará um DJ (está prevista programação cultura e musical para ajudar a animar ainda mais a festa). Assinado pela artista Tamara Alves, a enorme pintura retrata dois tigres meio escondidos atrás de umas folhas, formando essa composição uma obra que dá vida a todo o espaço. A casa tem uma parceria com a reputada galeria lisboeta Underdogs e foi graças a isto que aqui surgem estes dois inquilinos audazes.

Os restantes pormenores desta casa são discretos mas compõem um retrato curioso, que nos leva ao mesmo propósito do cão de loiça vermelho — representar o passado com olhos no futuro. Tanto a equipa que assina o projeto, Sofia Duarte e João Mota Arquitetos, como outros funcionários do grupo rumaram à Feira da Ladra, certo dia, para escolher as coisas mais kitsch que encontrassem, tudo para que depois fossem compor o cenário. Assim foi: da epopeia vieram coisas caricatas que vão desde vinis de Marco Paulo e Amália Rodrigues aos romances de Paulo Coelho e ensaios de Neil deGrasse Tyson. Mas falemos de comida.

As bochechas de vitela estufada com cremoso de batata. Diogo Lopes/Observador

A Comida

Uma das coisas mais interessantes do Audaz é a partida que prega a quem o visita pela primeira vez. Ao olhar para o seu aspeto sofisticado e cosmopolita nunca imaginamos que na sua carta figurem sugestões como pézinhos de coentrada (8€), moelas de galinha (8€), orelha de porco (8€) ou bochecha de vitela (17€). A quem podemos agradecer isso? Ao chef Manuel Lino, o responsável gastronómico por esta nova casa que pretende servir a tradição mas de forma mais polida e atualizada.

Depois de uma passagem pelo restaurante Local — e de já antes se ter afirmado como uma promessa da gastronomia nacional — , Lino aceitou o desafio de abraçar um registo mais informal daquele a que estava habituado. “Identifico-me bastante com ela [a cozinha mais descontraída], afinal é de matriz muito portuguesa. Gosto bastante do formato mas quero voltar ao registo que mantive antes”, comentou o cozinheiro. A escolha por estes produtos e pratos menos óbvios também foi uma escolha fácil: “Pensei que se era para fazer uma coisa mais descontraída, ao menos usava produtos e receitas menos vistos neste tipo de restaurantes. Coisa mais além que os normais risottos com peito de pato.”

Os pézinhos de coentrada são servidos com sames de bacalhau fritos. Diogo Lopes/Observador

Esta linha de pensamento também é aplicada aos momentos mais doces da ementa, privilegiando-se opções mais tradicionais como o pudim de pão do Sátão com gelado de anis (5€) — “é de perto de Viseu”, explicou Manuel Lino — ou pão de ló com gelado de queijo da serra (5€). Todas elas, as sobremesas, são assinadas pelo chef pasteleiro João Picão.

No geral encontramos uma carta curta, simples, onde também aparecem sugestões como o bacalhau confitado com puré de cebola tostada e rosti de batata (17€), o tártaro de vaca com pickles caseiros e mostarda (11€) ou bochecha de vitela estufada com cremoso de batata doce (17€). Há uma outra lista, mais modesta e só com finger food, para acompanhar outras das grandes apostas da casa — os cocktails. O barman André Peixe (que já passou pelos hotéis Sana e pelo bar Park) foi o homem escolhido para criar e gerir a criativa carta de bebidas que prima pelo arrojo, apesar do mesmo admitir que “quer começar com calma”, “medir o pulso dos clientes” para depois lançar-se com confiança para a misturas mais fora do normal, quase sempre com recurso a destilados feitos em Portugal (do uísque ao gin, passando pela vodka e pelo rum). Por agora o cocktail “Audaz” é uma boa opção, por exemplo. Leva uísque, cerveja preta, café, xarope de açúcar e custa dez euros.

O que interessa saber

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Nome: Audaz
Abriu em: Fevereiro de 2020
Onde fica: Rua 4 de Infantaria, 3A, Lisboa
O que é: O novo projeto do chef Manuel Lino onde à comida portuguesa descontraída se junta a uma vasta oferta de cocktails
Quem manda: O recém-criado Grupo Osande
Quanto custa: O preço médio rondará os 20/25 euros por pessoa, sem vinhos
Uma dica: Chegou mais tarde e teve de ficar à espera de mesa? Não há probema: o Audaz tem mesmo à porta uma espécie de micro-bar que serve cidra fresca. Peça uma e vá bebendo até o chamarem para o seu lugar.
Contacto: 21 134 9094
Horário: De domingo a quarta-feira, das 17h à 1h (cozinha fecha às 00h) e de quinta-feira a sábado 17h às 2h (cozinha fecha à 1h)
Links importantes: FacebookSite

“Cuidado, está quente” é uma rubrica do Observador onde se dão a conhecer novos restaurantes

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