As detenções por prescrição de receitas falsas, branqueamento de capitais na área da saúde e utilização de nomes de utentes em esquemas fraudulentos aumentou no ano passado, avança o Diário de Notícias, passando de 2 detenções em 2018 para 11 em 2019. Desde 2014 que a Polícia Judiciária não fazia tantas detenções.

A “Operação Antídoto”, a maior operação na área da saúde em 2019, desmantelada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, envolvia receitas falsas de medicamentos prescritas por médicos, principalmente para doenças psiquiátricas, neurológicas e asma. A PJ avançou que este esquema causou um prejuízo de um milhão de euros ao Estado, segundo o DN. Estiveram envolvidos 6 médicos, um farmacêutico e outras 5 pessoas, acusadas de corrupção, burla qualificada, falsificação de documentos e associação criminosa.

No âmbito deste processo, 101 suspeitos foram constituídos arguidos e 11 pessoas foram detidas, mais 9 do que em 2018 e mais 6 do que em 2017, avança o jornal. Segundo afirmou o inspetor-chefe Afonso Sales ao DN, as operações de fiscalização do Serviço Nacional de Saúde estão a aumentar, tendo registado, em 2019, 49 buscas, mais 17 do que em 2018, e foram detidos 101 suspeitos, menos 32 do que no ano anterior.

Nestas operações de fiscalização, a PJ confiscou receitas falsas e medicamentos prescritos em excesso para beneficiar laboratórios farmacêuticos. De acordo com o DN, os suspeitos foram acusados de branqueamento de capitais, tráfico de estupefacientes através de redes de “devoluções de fármacos” para revenda noutros países, apropriação de cheques-dentista e utilização de nomes de centenas de utentes em esquemas fraudulentos.

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