Não existe a mínima possibilidade de o Vakyrie, o hiperdesportivo da Aston Martin, não ser um veículo tão impressionante quanto entusiasmante, capaz de se bater pelo ceptro do modelo mais eficiente e rápido do mercado. Começa por garantir um total de 1176 cv, dos quais 1014 cv provêm de um motor a gasolina atmosférico, um valor muito elevado entre mecânicas híbridas, que depois é complementado por um motor eléctrico com 162 cv.
Como se isto não bastasse, o motor de combustão é o mais nobre de que há memória em carros de série. Não apenas por ser um V12 com 6,5 litros de capacidade, mas sim por ser capaz de girar acima das 11.000 rpm, regime a que obtém a potência máxima. E fazer um V12 para aguentar este regime sistematicamente – sem partir ou beliscar a sua longevidade – é pura magia, o que só foi possível por ter sido desenhado pela Cosworth.
Mas nem só de mecânica vive o Valkyrie, pois o seu chassi foi concebido por outro mago, desta vez Adrian Newey, que todos reconhecem como um dos melhores a desenhar chassis de F1, com ênfase na aerodinâmica. Daí que não possua asas proeminentes, à procura de apoio aerodinâmico mas à custa de uma menor velocidade máxima, tendo Newey preferido optar pelo efeito solo para colar o Aston Martin ao asfalto e, assim, curvar a velocidades superiores. Para o reputado projectista, o Valkyrie vai ser o automóvel de série mais rápido de sempre, tanto em pista como em estrada. E o homem que desenha os F1 da Red Bull não brinca em serviço.
Para ter a certeza que o Valkyrie está à altura de satisfazer mesmo os condutores mais exigentes, a Aston Martin pediu a colaboração dos pilotos da equipa de F1 da Red Bull para testarem o carro em pista e dizerem de sua justiça. Primeiro com Max Verstappen ao volante e depois com Alex Albon, o Valkyrie mostrou do que é capaz no circuito britânico de Silverstone. Verstappen, apontado como um dos próximos campeões do mundo de F1, é o mais expansivo, mas o melhor é ver o vídeo com as imagens do belo desportivo.