O armazenamento de água nas albufeiras era, no final de fevereiro deste ano, inferior à média dos meses de fevereiro entre 1990 e 2019, com exceção das bacias do Cávado, Ave, Douro, Tejo e Arade.

Segundo o boletim mensal sobre as albufeiras, no fim de fevereiro, comparando com janeiro, houve um aumento dos volumes armazenados em seis bacias monitorizadas e uma descida em outras seis.

O número de albufeiras com disponibilidades hídricas superiores a 80% relativamente a janeiro desceu e manteve-se o número de albufeiras com disponibilidades inferiores a 40% do volume total. Ao todo são monitorizadas 60 albufeiras, das quais 18 tinham no fim de fevereiro disponibilidade superior a 80% do volume total e 14 tinham menos de 40% do volume total.

Comparando apenas com o mês de fevereiro de 2019, as disponibilidades em fevereiro deste ano são inferiores em todas as bacias hidrográficas com as exceções do Cávado, Ave, Douro, Tejo e Arade.

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No entanto, se a comparação for com fevereiro de 2018 este ano todas as bacias têm valores de armazenamento total superiores, com exceção das bacias do Mira e Barlavento.

Outra comparação constante no boletim, sobre as albufeiras com menos água, indica que a situação é pior este ano do que no ano passado mas melhor do que em 2018. Assim, em fevereiro de 2020 as albufeiras com menos de 40% de armazenamento eram 14 (23%), em 2019 eram 12 (20%) e em 2018 eram 23 (38%).

No final de fevereiro deste ano, a situação mais crítica em termos de falta de água verificava-se na bacia do Sado, com sete albufeiras abaixo dos 40%. Campilhas tinha apenas 9% de armazenamento, Monte da Rocha 11%, Roxo 16%, Monte Gato e Monte Miguéis as duas com 26%, Fonte Serne com 30% e Pego do Altar com 35%.

A bacia do Guadiana estava com quatro albufeiras também abaixo dos 40%, com a Vigia apenas a 27%, seguindo-se Beliche com 32%, Caia com 34% e Odeleite com 39%.

Lagoacho, na bacia do Mondego, estava a 12% no fim de fevereiro, Divor, na bacia do Tejo, a 16%, e Bravura, na bacia do Barlavento, a 32%.

O boletim esta segunda-feira divulgado inclui dados dos recursos hídricos armazenados nas albufeiras da parte espanhola, tendo havido uma subida dos níveis armazenados nas bacias do Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana (dados de 26 de fevereiro), relativamente a janeiro deste ano.

Em Espanha, de janeiro para fevereiro as bacias hidrográficas do Minho e do Lima passaram de 75,7 para 80%, a do Douro passou de 70,5 para 73,2%, a do Tejo de 50,8 para 54%, e a do Guadiana de 40,9 para 41,2%.