O diretor da Agência de Promoção do Comércio e Investimento são-tomense (APCI) lamentou esta terça-feira o assassinato, neste país, de uma portuguesa, mas afastou que caso seja visto como um “ataque a turistas ou a investidores estrangeiros”.

É lamentável quando se perde uma vida e, sobretudo, da maneira como isso aconteceu. Isso é lamentável, é condenável. Mas é preciso situar cada coisa no seu próprio contexto”, defendeu Rafael Branco, em declarações à Lusa.

Uma portuguesa residente em São Tomé foi encontrada morta segunda-feira à noite, com indícios de ter sido assassinada de forma violenta, no hotel que administrava, no norte da ilha são-tomense.

Portuguesa terá sido assassinada em São Tomé

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São Tomé tem recebido “nos últimos anos, milhares de turistas e investidores estrangeiros e há raríssimos casos de ataques contra turistas ou contra investidores”, acrescentou o responsável.

“Quem visitou São Tomé e Príncipe sabe que somos uma sociedade pacífica, tranquila, bastante hospitaleira”, comentou o diretor da Agência de Promoção do Comércio e Investimento.

Sendo um povo pacífico e hospitaleiro, somos um povo feito de seres humanos e como em qualquer parte do mundo há seres humanos que têm comportamentos condenáveis que levem a acontecimentos como este”, sublinhou.

Rafael Branco sublinhou: “Em todas as sociedades, diariamente há casos de assaltos e há outros casos criminosos. Isso aconteceu dentro de uma propriedade e ao que se diz, cometido alegadamente por um dos funcionários que tinha uma desavença com a gestora. Casos como esse acontecem todas as horas em todas as sociedades do mundo”, referiu.

O diretor da APCI enviou “condolências à família da vítima”, insistindo que o crime deve ser “colocado no devido contexto e na devida proporção”.

Uma fonte da Polícia Judiciária (PJ) disse esta terça-feira à Lusa que “já há um suspeito, mas as investigações continuam“.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, disse esta terça-feira que o Ministério dos Negócios Estrangeiros “tem conhecimento deste caso, que está a ser acompanhado pela embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe”.

“A missão portuguesa está em contacto com as autoridades são-tomenses responsáveis pela investigação e continuará a acompanhar de forma muito atenta todos os desenvolvimentos”, indicou ainda a mesma fonte do executivo português.