A Câmara Municipal de Albufeira foi alvo de buscas esta quinta-feira por suspeitas de crimes de corrupção, peculato e abuso de poder, avançou a TVI24. A investigação está a ser executada pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária e tutelada pelo DIAP de Évora.

Foram constituídos cinco arguidos, prosseguindo a investigação para determinação de todas as condutas criminosas, benefícios ilícitos, respetivos agentes e outros comparticipantes”, confirmou a Polícia Judiciária num comunicado enviado às redações.

Em comunicado, a Câmara de Albufeira também confirmou que foram efetuadas buscas nas suas instalações por uma equipa da Polícia Judiciária (PJ), afirmando que ocorreram na sequência de “uma denúncia anónima contra eleitos e funcionários” da autarquia. Segundo a TSF, o presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, é um dos arguidos deste inquérito que investiga suspeitas de corrupção, participação económica em negócio, fraude fiscal, prevaricação e abuso de poder.

A Câmara de Albufeira indicou que foram cedidos todos os documentos solicitados pelos inspetores da PJ no decurso das diligências, nomeadamente “documentos relativos à atividade da autarquia, bem como comunicações eletrónicas”.

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“Foram ainda integralmente respondidas todas as questões formuladas pelos inspetores”, lê-se na nota enviada à imprensa.

A Câmara de Albufeira referiu que, além da “total disponibilidade” para colaborar com as autoridades, mantém a “confiança em todos os elementos que compõem o executivo municipal, gabinete de apoio e serviços camarários”.

No âmbito da operação “Empório”, foram realizadas “buscas domiciliárias e não domiciliárias, na autarquia de Albufeira, em duas sociedades em Lisboa e Leiria, bem como em escritório de advogado”, nas quais participaram 40 investigadores e peritos da PJ. Diligências foram presididas por um Juiz de Instrução Criminal e três Procuradores da República,.

Em causa estão “suspeitas de crimes de corrupção passiva e ativa, participação económica em negócio, fraude fiscal, prevaricação e abuso de poder”, pode ler-se no comunicado da polícia.