Os alunos que estavam num pavilhão prefabricado da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Vila Real, foram esta quinta-feira retirados por precaução devido à possibilidade de queda de uma árvore de grande porte, disse o presidente da câmara.

O perigo de queda de uma árvore de grande porte sobre o pavilhão era significativo, fomos alertados para o efeito e rapidamente enviamos uma equipa para efetuar o desmantelamento da árvore e garantir a segurança daqueles que frequentam o pavilhão”, afirmou Rui Santos.

O autarca referiu que entre quarta-feira e esta quinta-feira se verificaram ventos muitos fortes na zona de Vila Real, o que estará na origem da ocorrência.

“Era um perigo real, os alunos tiveram que abandonar a sala de um momento para o outro. Aliás, deixaram lá todo o equipamento. Os nossos serviços agiram, também, com celeridade e aqui se demonstra, por exemplo, uma das vantagens da descentralização de competências”, salientou o presidente.

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Rui Santos adiantou que, “se tudo correr bem, ao final do dia de hoje tudo regressará à normalidade” naquela escola.

Já na quarta-feira, também devido ao mau tempo e ao perigo de queda de uma árvore, foi encerrado o jardim da carreira, no centro da cidade.

“Este é um problema. Julgo que não vale a pena escondermo-nos e dizermos que não verificamos ‘in loco’ que há alterações climáticas. Segundo os registos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Vila Real nunca teve ventos de 124 ou 127 quilómetros hora com a frequência com que tem ocorrido desde o final do ano passado”, salientou.

Já em dezembro, o mau tempo provocou a queda de dezenas de árvores em locais distintos da cidade, como no jardim da estação, no parque florestal ou no bairro São Vicente de Paula.

Em consequência, o município tem realizado podas camarárias radicais em árvores de grande porte, uma intervenção que tem originado polémica na cidade transmontana.

“A segurança dos nossos concidadãos está sempre em primeiro lugar. Temos estado a intervir e vamos continuar a fazê-lo, mesmo que isso custe muito àqueles que, por um lado, tentam tirar aproveitamento político desta circunstância e outros que legitimamente têm uma outra visão sobre a ação dos municípios no seu arvoredo”, frisou.

No entanto, Rui Santos referiu que “a prática que está a ser desenvolvida é aquela que está a ser feita espaço urbano em praticamente todo o país, na vizinha Espanha e França”.