A startup portuguesa Codavel fechou uma ronda de investimento de 1,3 milhões de euros. A empresa que tem como missão garantir que as aplicações móveis são sempre rápidas independentemente da rede que utilizam (3G, 4G, 5G ou Wi-Fi) quer aumentar a equipa de programadores e expandir para o mercado asiático e norte-americano.

A ronda de investimento foi liderada pela Armilar Venture Partners e contou com a participação do operador de capital de risco público Portugal Ventures e dos business angels da Ideias Glaciares. Já com uma base operacional nos EUA, a Codavel desenvolveu um software que promete reduzir o tempo que as apps demoram a carregar conteúdo, como imagens ou vídeos, entre 20% a 80%.

“Já provámos que fazemos uma diferença substancial na experiência dos utilizadores, mesmo em condições de rede mais adversas. Para a maioria das indústrias, melhorar a experiência do utilizador tem um impacto direto nas receitas, e nós ajudamos a impedir que a instabilidade das redes de comunicação destrua o investimento das empresas para garantir uma experiência perfeita”, afirma Rui Costa, presidente e cofundador da Codavel.

José Guerreiro de Sousa, sócio da Armilar Venture Partners, afirma que a startup se enquadra “muito bem” no fundo de transferência de tecnologia. “A empresa surgiu na sequência de trabalhos de doutoramento na Universidade do Porto e no MIT e tem direitos exclusivos de propriedade intelectual muito relevantes para a execução da sua estratégia”.

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Este é o sexto investimento feito através do TechTransfer Fund, o fundo de 60 milhões de euros que a Armilar Venture Partners lançou em fevereiro de 2019. “Estamos a dar continuidade à iniciativa de investir em empresas com soluções disruptivas que sejam fruto de investigação científica e tecnológica no ecossistema académico, e que comprovam o potencial dos resultados das pesquisas e desenvolvimentos conseguidos nos laboratórios e universidades portuguesas”, acrescenta José Guerreiro de Sousa.

Armilar Ventures lança fundo de 60 milhões para startups tecnológicas. Já angariou 45 milhões

Para Rui Costa, no século XV, os portugueses revolucionaram a forma como os bens eram transportados globalmente, juntando a melhor tecnologia para utilizar de forma eficiente os poucos recursos disponíveis. “Mobilizámos um pequeno país rumo a uma visão ambiciosa de melhor a forma como o mundo estava ligado. Nós acreditamos que um dos mais valiosos recursos da atualidade – o conteúdo digital – precisa de uma revolução semelhante. Uma revolução que pode mudar dramaticamente a forma como os utilizadores estão ligados neste mundo digital”, afirma.