O mês de fevereiro em Portugal caracterizou-se como “extremamente quente e seco”, sendo o mais quente desde 1931, com uma temperatura média do ar de 12,43º Celsius (+2.45).
Segundo dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o valor médio da temperatura máxima do ar situou-se nos 17,89° C e foi também o mais alto desde 1931, com uma anomalia de +3.51° C.
O valor médio da temperatura mínima do ar foi de 6,96° C, também superior ao normal (+1.39° C), sendo o décimo valor mais alto desde 1931 e o segundo mais alto desde 2000 (o mais alto foi em 2008).
Durante o mês de fevereiro, o IPMA destaca que no território nacional a temperatura máxima diária registou-se “sempre acima do valor médio mensal”, sendo de realçar os períodos de 2 a 3 e de 21 a 24, com valores médios diários superiores a 20°C;
A temperatura média diária foi também sempre acima do valor médio mensal, exceto no dia 18, enquanto a temperatura mínima diária ficou acima do valor médio mensal nos primeiros 17 dias do mês e a 29 de fevereiro
Nos dias 23 e 24 foram ultrapassados os maiores valores da temperatura máxima do ar para o mês de fevereiro em cerca de 40% das estações meteorológicas da rede IPMA.
Fevereiro de 2020 foi o quinto mês mais seco desde 1931 (o mais seco foi em 2012), pois o valor médio da quantidade de precipitação em fevereiro foi de 16.6 mm, correspondendo apenas a 17% do valor normal (1971-2000, com 100 mm.
Em termos de distribuição espacial, os valores de precipitação foram inferiores ao normal em todo o território, sendo que em grande parte das regiões o valor foi inferior em 25% do normal.
No final do mês de fevereiro, verificou-se, em relação ao final de janeiro, uma diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo em todo o território, sendo de destacar alguns locais das regiões do Baixo Alentejo e Algarve, com valores inferiores a 20%.
De acordo com o índice PDSI (índice de severidade de seca), no final fevereiro aumentou a área e a intensidade da seca meteorológica nas regiões a sul do Tejo sendo de realçar as regiões do Alentejo e Algarve nas classes de seca severa e extrema.
Nas regiões a norte do Tejo diminuiu significativamente a área das classes de chuva.
A distribuição percentual por classes do índice PDSI no território é a seguinte: 0,8 % chuva moderada, 9,1 % chuva fraca, 37,5% normal, 11% seca fraca, 15,1% seca moderada, 19,2% seca severa e 7,3% seca extrema.