A Autoridade Tributária (AT) comunicou a sua insatisfação à Procuradoria-Geral da República (PGR) por acreditar que uma fuga de informação pode ter levado à destruição de provas por parte dos clubes e jogadores de futebol alvos de buscas durante esta semana.

A notícia é avançada pelo Expresso, que diz que na origem do desconforto da parte da AT está a publicação de um conjunto de notícias publicados pela revista Sábado na sua edição de 6 de fevereiro, que aconteceu “pouco depois” de a operação ter sido comunicada ao Tribunal Central de Instrução Criminal.

Na Sábado de 6 de fevereiro, era escrito em primeira mão que Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira eram ambos investigados por fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Além disso, também era referido que os clubes FC Porto, Benfica, Braga, Estoril, Marítimo, Portimonense e Vitória de Guimarães também estavam a ser investigados. “Os processos tiveram fortes obstáculos, mas estão a chegar à fase decisiva”, lia-se num desses trabalhos.

O grau de pormenor das investigações descrito naquela edição da Sábado, tal como a menção de que estas estariam “a chegar à fase decisiva”, terão motivado a manifestação de incómodo por parte da AT à PGR, como escreve o Expresso. “A operação estava a ser preparada há meses“, disse ao Expresso fonte ligada ao Ministério Público, que é da dependência da PGR.

De acordo com o Expresso, os inquéritos-crime em causa foram abertos “entre o final de 2017 e o início de 2018”. Esse trabalho levou a buscas por parte da AT a 56 locais nesta quarta-feira, incluindo as sedes dos clubes de futebol acima referidos ou escritórios de advogados.

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